terça-feira, 24 de abril de 2018

«INCONFORMADOS» MCCI RESPONSABILIZA O POVO GUINEENSE PELA CRISE NO PAÍS


O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) acusou hoje, 24 de abril 2018, o povo guineense de ser o responsável pela crise que se vive na Guiné-Bissau, acrescentando que este povo merece os governantes que tem, assim como acusa-o de ser um povo mesquinho, com exceção das pessoas que defendem os seus direitos perante as violações do Estado.

A posição dos inconformados relativamente à instabilidade política vivida no país foi tornada pública por um dos membros da direção, Lesmes Monteiro, que sublinhou que o povo guineense é um povo invejoso, um povo mau até para si mesmo, um povo que não sabe o que quer, com exceção dos cidadãos que sempre se identificaram com as causas defendidas pelo MCCI.

Lesmes Monteiro reiterou ainda que o povo guineense merece os dirigentes que tem, assim como o Chefe de Estado que tem. No entender do MCCI, o Presidente da República José Mário Vaz é o fabricante da crise político-institucional vivida no país, colocando o povo na ‘lama’, retirando-lhe a luz, a água, a educação, a saúde e tendo-o deixado assim com nada.

Monteiro diz estranhar o porquê de só agora algumas pessoas que não comungavam os pontos de vista do MCCI decidiram levantar para pedir ao Movimento para marchar contra a falta de luz e água na capital Bissau, acrescentando que é o mesmo povo que continua a aplaudir o Chefe de Estado e a apedrejar os que lutam contra a instabilidade. Contudo, o ativista garante que os inconformados irão assumir as suas responsabilidades na luta pelo bem-estar dos guineenses.

Lesmes Monteiro afirma ainda que os governantes da Guiné-Bissau não se importam com o bem-estar dos cidadãos da Guiné-Bissau. Apelou a todos os guineenses que se sentem lesados com as situações vividas no país, sobretudo da falta de luz elétrica e água na capital Bissau, que se juntem ao MCCI numa vigília na tarde desta terça-feira frente à sede da empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB) para exigir água e luz, quando forem às 18 horas, tempo de Bissau.

Aos interessados Lesmes Monteiro solicita que levem uma vela cada para acender durante a vigília em frente da sede de EAGB, sito junto a Praça Che Guevara.

Por outro lado, Lesmes Monteiro condena em nome do MCCI, a decisão dos deputados da Nação em aprovar o Projeto-Lei da prorrogação de mandato desta nona legislatura, fato pelo qual o MCCI agendou uma manifestação para o próximo sábado, 28 de abril, para demonstrar a sua insatisfação com a atitude dos parlamentares guineenses.

O jovem ativista criticou também aquilo que apelida de passividade de algumas organizações da sociedade civil, que não exercem os seus deveres de pressionare os governantes e para que haja uma mudança positiva a favor dos cidadãos.

Ainda sobre a Assembleia Nacional Popular, o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados considera de péssimo o serviço prestado pelos deputados da Nação, referindo-se a recente aprovação do Projeto-Lei que prorroga a IX Legislatura, assegurando que o MCCI apenas defende a verdade e a legalidade.

Diz acreditar que o Estado da Guiné-Bissau será condenado pela violação dos direitos humanos, neste caso, o ativista falava do julgamento que decorreu ontem, 23 de abril, no Mali no Tribunal da CEDEAO, num processo que o MCCI moveu uma queixa-crime no tribunal da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental contra o Estado Guineense, mas a sentença será conhecido em Outubro próximo.

Por: Sene Camará
Foto: SC
Conosaba/odemocrata

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