Conakry- Mohamed Touré, filho do primeiro Presidente da Guiné Conakry, Ahmed Sekou Touré, e a sua esposa Denise Cros-Touré, podem ser condenados a 20 anos de prisão por prática de escravidão.
Segundo um inquérito dos Serviços de segurança do Departamento do Estado americano, em 2000, os Touré terão levado para a América uma jovem de cinco anos de idade, tendo-lhe posteriormente confiscado o passaporte.
Depois de 16 anos de cativeiro, em Agosto de 2016, a vítima, cuja identidade não foi revelada, conseguiu escapar-se da residência do casal, em Southlake, no Texas, graças a ajuda dos vizinhos.
Ela encontrava-se numa situação irregular, porque o seu visto aspirara, e não estudava. Transformada em escrava doméstica, ela ocupava-se da casa e tomava conta dos filhos do casal, acusado de a ter violentado física e psicologicamente, segundo o Ministério americano da Justiça.
Elementos da acusação alegam que a vítima era obrigada a dormir no chão e não beneficiava da assistência médica. Em 16 anos, beneficiou de uma única visita médica e, como não falava inglês, era, de vez em quando, expulsa da casa do casal sem dinheiro ou carta de identidade.
O Presidente Hamed Secou Touré, celebrizou-se por ter dito “não” ao general Charles de Gaulle, no que tange a forma da independência da Guiné Conakry.
Conhecido também como um dos grandes combatentes pela libertação da África contra o colonialismo, a sua imagem ficou ofuscada, depois de ter mandado fuzilar, Diallo Telli, o primeiro secretario geral da OUA, de 1963 a 1972, por alegada tentativa de golpe de Estado.
Conosaba/angop
Sem comentários:
Enviar um comentário