O novo Governo da Guiné-Bissau exonerou todos os governadores regionais e o presidente da Camara Municipal de Bissau, mas não nomeou novos responsáveis para aqueles lugares, indicou o Conselho de Ministros.
Um comunicado assinado pelo ministro da presidência do Conselho de Ministros, Malal Sané, a que a agência Lusa teve hoje acesso, dá conta da decisão assumida na reunião semanal do Governo, realizada às quintas-feiras.
Não foram invocados os motivos para a decisão e nem anunciados os novos responsáveis.
Fonte do Governo indicou à Lusa que os secretários regionais irão assumir a gestão corrente até à nomeação de novos governadores.
Na semana passada, um despacho do ministro da Administração Territorial, Sola Nquilin, suspendeu de funções os governadores das nove regiões administrativas da Guiné-Bissau, propondo novos responsáveis, mas três dias depois o despacho foi anulado por ordens do primeiro-ministro.
A maioria de governadores agora exonerados pelo Conselho de Ministros são elementos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas, mas que tem estado arredado do poder devido às divergências com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
O PAIGC e mais três formações políticas com assento no Parlamento guineense recusaram-se a integrar o Governo por não concordarem com a decisão do Presidente do país em nomear Umaro Embaló como primeiro-ministro.
Também por decisão de Umaro Embaló, o Governo mandou exonerar de funções todos os Diretores Administrativos e Financeiros dos departamentos estatais. Os membros do Governo têm até hoje para apresentarem ao primeiro-ministro os nomes de novos responsáveis para aquelas funções.
Conosaba do Porto
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