O gabinete do presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, acusou hoje o Governo de ter substituído ilegalmente os agentes do corpo de segurança da assembleia.
Num comunicado lido pelo assessor de imprensa, Armindo Handen, o líder da Assembleia Nacional Popular (ANP) acusou o ministro do Interior, Botche Candé, de ter dado ordens para que os agentes de segurança fossem substituídos à força.
Segundo Handen, foi feito um "despacho ilegal" uma vez que a lei guineense prevê que a substituição do corpo de segurança só aconteça com a anuência do presidente do órgão, o que não aconteceu.
O assessor afirmou que a substituição dos agentes deu-se mediante o uso de força por parte do comandante destacado para conduzir a operação que teria ordenado o desarmamento dos polícias que se encontravam no local.
De acordo com Armindo Handen, a ação "é o início da execução" de um alegado plano denunciado por Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (sem assento parlamentar), segundo o qual o Governo pretende tomar de assalto o Parlamento.
Nabian, candidato derrotado na segunda volta das últimas eleições presidenciais, refere que o objetivo será prender o líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, constituir uma nova direção do órgão e forjar a aprovação do programa do Governo e do Orçamento Geral do Estado.
Nabian tem estado a ser ouvido pela justiça sobre a denúncia.
Devido ao incidente, o Parlamento faz saber que irá prescindir das forças de segurança indicadas pelo Governo até que a situação se esclareça.
A agência Lusa tentou obter mais esclarecimentos junto do Governo guineense, mas sem sucesso.
Conosaba/Lusa
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