quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

«CAN2017» "PERDEMOS, MAS COM CABEÇA ERGUIDA. REALMENTE A GUINÉ-BISSAU DE HOJE NÃO É DE ONTEM E TODOS OS PAÍSES QUE VIRÃO JOGAR COM A NOSSA SELEÇÃO TERÃO QUE PENSAR DUAS VEZES", DIZ SELECCIONADOR NACIONAL DE FUTEBOL

A Selecção Nacional de futebol “Djurtus” regressou, na quarta-feira (25/01), ao país, após ser eliminada na fase final do CAN-2017, depois da derrota Domingo (22/01), a noite, por 2 a 0, frente a selecção do Burquina-Faso
No aeroporto os guerreiros da bola foram recebidos por milhares de pessoas que os acompanharam até ao palácio da república a pé e nas viaturas com gritos de vitória e de encorajamento.
Numa breve declaração á imprensa o seleccionador, Baciro Candé, mostrou-se orgulhoso com a prestação da selecção nacional no Campeonato Africano das Nações CAN.
Segundo Cande a selecção nacional ficou de fora não por falta de vontade mas porque a experiência contou na competição.
“A equipa jogou na íntegra e todos os alinhados para jogar deram os seus contributos na medida de o possível. Penso que a participação e o resultado foram positivos”, afirma Cande que adianta ainda que a participação do Djurtus marcou um passo “muito importante” e faz com que a Guiné-Bissau seja conhecida na senda mundial.
“Perdemos, mas com cabeça erguida. Realmente a Guiné-Bissau de hoje não é de ontem e todos os países que virão jogar com a nossa selecção terão que pensar duas vezes”.
Questionado pela rádio Sol Mansi sobre o que se teria falhado com a equipa cujo objectivo principal era chegar ao fim das competições, Cande nega a afirmação e afirma que depois da ida a Gabão apenas pediu as pessoas para deixá-lo sonhar.
“Deixa-me sonhar porque enquanto treinador o meu dever é colocar a minha equipa na meta estipulada. Eu pedi para todos os guineenses sonharem para a nossa participação condigna sendo aquela a nossa primeira participação na história. Temos grandes potências mais do que a Guiné-Bissau em todos os sentidos, mas eles também estão fora das competições”, adianta.
O Capitão do “Djurtus” Bucundji Cá, também mostrou-se satisfeito com a participação da selecção nacional no campeonato africano e promete continuar a dar o possível para a Guiné-Bissau apesar de não ser utilizado nos três jogos da turma nacional.
“Teremos que dar o nosso melhor para a próxima competição”, pede Bucundji que prefere não falar sobre a sua não utilização dos jogos da selecção, depois de a insistência da RSM promete falar no momento oportuno.
Para José Lopes (Zezinho), a estreia da selecção no CAN, é uma lição de aprendizagem e promete dar o melhor para que a Guiné-Bissau possa voltar a competir no próximo Campeonato Africano das Nações, em 2019, que se realiza no Camarões.
“A próxima vez iremos mais preparados e a falta de experiencia contou e pedimos desculpas ao povo guineenses e na próxima competição iremos dá-los mais orgulho”, garante.
Por sua vez o secretário executivo da federação da Guiné-Bissau, Catio Baldé, admite que é difícil trabalhar sem uma autonomia financeira embora, depois da demostração da selecção no CAN, mostra-se confiante na maior atenção dos governantes guineenses em relação ao futebol nacional.
“A partir de agora temos futuro risonho e tudo vai depender do Estado”.
Entre os 23 seleccionados, Frederic Mendy e Abel Issa Camará não chegaram a Guiné-Bissau e seguiram a viagem para os seus referidos clubes.
A equipa da casa terminou o grupo A da fase de grupos em último com apenas 1 ponto fruto do empate conseguido no jogo inaugural frente ao Gabão. Os Djurtus sofreram 5 golos e marcaram dois por intermédios de Juary Soares e Piquete Djassi.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/Conosaba do Porto



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