Bissau - O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, considerou de insuportável a massa salarial dos funcionários públicos e pediu ao primeiro-ministro "reformas urgentes".
Num discurso perante o Governo, que apresentou quinta-feira cumprimentos de novo ano ao chefe de Estado, José Mário Vaz pediu ao primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, que avance com reformas e que ponha os guineenses a trabalhar mais.
O Presidente guineense recorreu à sua experiência pessoal enquanto antigo ministro das Finanças para sustentar a convicção de que será difícil ao Estado continuar a suportar a actual massa salarial da função pública.
A massa salarial que pagou em 2012, enquanto ministro das Finanças, rondava "2,1 mil milhões de francos CFA, dois anos depois, a massa salarial situa-se na ordem de quatro mil milhões de francos CFA", afirmou José Mário Vaz.
O chefe do Estado guineense defendeu que o país "não tem condições de continuar a suportar" tais valores.
O presidente guineense disse, dirigindo-se ao primeiro-ministro, que aceitaria o aumento da massa salarial se os serviços públicos e as condições de trabalho dos funcionários fossem melhoradas.
José Mário Vaz considerou que apenas a reforma e o trabalho podem levar o Estado a ter melhor desempenho e a atender às necessidades da população.
Afirmou ainda que, na actual situação, todo o dinheiro arrecadado pelo Governo serve apenas para o pagamento de salários dos funcionários públicos.
"É chapa ganha, chapa gasta", defendeu o Presidente guineense, que quer ver o Governo a promover reformas na Função Pública em 2017.
Conosaba com angop.ao
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