Muniro Conte,
AVANTE DJURTUS ATE A VITORIA NO CAN!!!
Longe do meu país. Na Inglaterra. Na “Terra da Rainha Isabel”e da Princeza Diana. Algures em Londres. Em Manor Park. Não resisti a tentação... Tanto como milhares de guineenses na diaspora, não pude ficar indeferente ao empate da Selecão Nacional. Os Djurtos. Senti o calor das celebracões. Associei-me a aquele momento único. Celebrei com a familia e os amigos. O empate de 1-1 teve sabor ao triunfo…Fiquei feliz. Contente! Radiante! Emociado! Uma sensacão estranha me invadiu! Do cantinho dos olhos escoreram lágrimas! Estava orgulhoso! De ser guineense. De pertencer ao “novo clã do futebol”, que entrava para o mapa da Africa. E se calhar do mundo.
Nesses dias, ninguem mais vai falar daquele “pays inconnu” que so eh lembrado ou catalogado com “coisas ruins”. Passam a olhar para nos com respeito e admiracão. Como diz o velho ditado “mais vale a pena ser Rei por um dia do que Principe por toda a vida”!
Diante do temivel Gabão de Aubameyang fomos “imperais”. Perante os olhares de milhares de espectadores, ao vivo, e milhões sentados ao sofa com olhar nos ecrãs da televisão. O golo de Juari, já ao cair do pano, dava beleza a um espectáculo inédito. Repunha justeza no resultado. Num jogo em que os comandados de Cande demonstraram carácter, personalidade, humildade, solidariedade, resiliencia, sacrifício e grande espiríto de equipa.
Na ressaca, o país inteiro saiu a rua. Manifestou em apoteose. O frenesin e as querelas políticas eclipsaram. Para dar lugar ao brilho da união, comunhão e camaradagem.Cristalino como um desígnio: o da guinendade ou, melhor, da identidade nacional. Na expressão máxima do futebol, da cultura e da música. Na degeneracão da auto-estima á Guiné-Bissau.
E tudo isso deu estampa ao arco-íris jamais visto na história de uma manifestacão popular em nome da Guiné-Bissau. As cores e símbolos nacionais inundaram as ruas. Converteram todo o país num manto verde-amarelo-encarnado. Numa coreografia muito bonita! Foi o momento de treguas nas “trocas de galhardetes entre actores e decisores politicos”. Era a exaltacão dos valores da unidade e do conceito da nacão. E veio a minha memória os ensinamentos de Amilcar Cabral, quando, na definicão do conceito da nacão, associou esse idealismo ao “time de futebol”. E, no passado Domingo, jogamos todos no “time da Guiné-Bissau”.
Obrigado Candé! Obrigado “Djurtus”!!! Lograram um intento. Conseguiram uma grande conquista: Baixaram a adrenalina nas crises cíclicas…Fizeram momentaneamente “calar as hostes políticas”. Deram aos guineenses o direito de, em uníssono, “torcermos pela Guine-Bissau”.
Viva a Guiné-Bissau !
Viva “Djurtus”!
O próximo duelo e frente aos “Leões Indomaveis” !Eh para vencer e passar a fase seguinte!
Avante nossos heróis !
Ate a vitoria do CAN!!!
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