Depois de longo período de silêncio político, Fernando Gomes, militante do PAIGC e antigo ministro do interior até golpe de estado de 12 de Abril, decidiu voltar ao público afirmando que na Guine Bissau assiste-se uma crise de liderança sem precedente na sua história recente que “prejudica bastante” o povo
Em conferência de imprensa, esta quinta-feira (13), Fernando Gomes afirma que nunca pensou em abdicar da vida política mais era preciso dar tempo na sequência do que aconteceu com ele durante o período de transição politica.
Sobre o actual momento do país, Gomes defende que chegou a hora de por fim a crise pondo os interesses comuns em acima dos interesses pessoas porque “ninguém tem o direito de hipotecar o destino do país”.
Em relação a iniciativa de reconciliação interna anunciada pela direcção do PAIGC, reconhece que o partido atravessa uma crise interna muito grave que segundo ele só pode ser ultrapassada com a promoção de uma “verdadeira reconciliação”.
Fernando Gomes critica o facto de nunca o partido libertador ter tomado posição para regresso de Carlos Gomes Júnior e outros membros do partido, asilados no estrangeiro.
“Porque o regresso destas pessoas continua a ser tabu. Porque a liderança do PAIGC nunca fala publicamente do regresso de Carlos Gomes que conseguiu tirar o partido da vale de morte em que se encontrava nos meados do ano 2000”, questiona Fernando Gomes que aponta que também deve se fazer uma reconciliação não só com os 15 mas também com os asilados.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo com Conosaba
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