sábado, 3 de setembro de 2022

SOCIÓLOGO DIZ QUE PAÍS ESTÁ PERANTE A APOLOGIA DO MAL INFLUENCIADA POR QUEBRA DE VALORES MORAIS DA FAMÍLIA

O sociólogo guineense, Ivanildo Paulo Bodjam, diz que o país está perante uma era da apologia do mal que é um fenômeno que podemos estar a acompanhar diante da mudança radical de comportamento social, e isso deve-se a quebra dos valores culturais e morais dentro da própria família.

Ivanildo Paulo Bodjam falava, hoje, em entrevista à Rádio Sol Mansi (RSM), sobre um vídeo vazado no facebook, onde uma adolescente dançava, segundo informações, num concurso, num espaço de lazer, com roupas intimas e que no decorrer deste espetáculo acabou por se despedir completamente. Segundo ainda se pode ver no mesmo vídeo, a situação criou revolta entre os assistentes do espetáculo, no entanto a jovem do vídeo recusou qualquer tipo de apoio para abandonar o palco.

Perante esta situação, o sociólogo guineense destacou que o país está perante a perda dos valores e a ter meios de comunicação online [redes sociais] que influencia diferentes condutas.

“(...) Temos atualmente uma família que há muito tempo está a perder aquilo que é a essência da sua existência como uma macro estrutura social que trabalha em função da reprodução dos valores para os seus descendentes. Quer dizer que uma família normalmente deve saber passar os valores morais aos seus filhos”, explica o sociólogo.

Ivanildo alerta ainda que quando uma família não cumpre o seu papel social acaba-se por ter vazamento de princípios onde as crianças podem aprender nas ruas.

O sociólogo guineense, Ivanildo Paulo Bodjam, disse que é chegado o momento de as autoridades tomarem medidas concretas para combater de forma drástica casos de gênero.

“Está na altura das nossas autoridades tentarem criar mecanismos de controlo contra estes tipos de comportamento”, sustenta.

Esta situação teve a reação do movimento, Mindjer i ka Tambur”. A presidente da organização, Iolanda Garrafão, diz que esta situação é uma facada que não dignifica a luta travada em defesa dos direitos humanos e sobretudo nos direitos das mulheres.

“É muito triste e vergonhosa uma situação como esta”, lamenta.

Iolanda diz que a situação é uma vergonha para a camada feminina, mas chama atenção dos pais e encarregados de educação a se acautelarem com os seus educandos naquilo que são capazes de fazer a diferença positiva na sociedade.

“Que os pais e encarregados da educação criem as suas filhas mostrando que são competentes e têm a capacidade de mudar alguma coisa”, exorta.

Esta é mais uma cena de mulheres guineenses nuas em atos públicos. Neste período de féria verifica-se frequentemente atividades de concursos e espetáculos onde tanto as crianças e mulheres dançam ao ritmo dos sons estrangeiros seminus e rodeados de homens adultos.

Informações dão conta ainda que o espaço de lazer em causa, situado em Bissau, foi fechado hoje pelas forças policiais.

No entanto, uma fonte contou à Rádio Sol Mansi que a família da jovem em causa ficou revoltada com a situação e espancou a jovem que desde quarta-feira está num dos hospitais nos arredores de Bissau a receber tratamento médico.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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