terça-feira, 16 de novembro de 2021

NO CORDA SINTIDU, SUMA TITULO DI PROGRAMA RADIOFONICO BA DI KANKAN!

Para os mais jovens, porque é o dever dos mais velhos contarem a história aos mais novos, para melhor conhecerem as etapas por que passou o país, até chegar onde estamos hoje, dia 16 de Dezembro de 2021, DIA DAS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS DO POVO (FARP), e dia em que também se celebra os 48 anos da independência da República da Guiné-Bissau.

A Independência da Guiné-Bissau que devia ser comemorada no dia 24 de Setembro passado e que foi protelado para o dia de hoje, faz-me recordar o seguinte:

Naquele dia 24 de Setembro de 1974 em que se comemorava o primeiro aniversario da ascensão da Guiné-Bissau a plena soberania nacional, eu Daniel Ibraima Salla (Sall), fidju di Babok, estava na cidade de Sao Vicente, como jovem destacado, integrado numa importante delegação do PAIGC, chefiada pelo Eng Jose Ture, na qual tembem estava aquele que viria a ser o primeiro CEMGFA de Cabo Verde, o Comandante Dantas (salvo erro, Agnelo Dantas), se a memoria nao me trai.

A delegacao era composta por jovens seleccionados, à lupa, em Bissau, e de outros, oriundos das ex-zonas libertadas.

Por essa ocasião, foi organizada uma grande cerimonia no Estado de Sao Vicente, na qual assistimos, eu, o Flora Gomes e a Horta Na Fatcha.

A delegação tinha sido distribuída, uma parte ficou na cidade da Praia, a outra foi para a Ilha do Sal e nos, os tres, fomos enviados para a cidade de São Vicente.

Composição da delegação:

1. Eng. José Ture (Emb. jubilado)

2. Cmdt Agnelo Dantes

3. Cmdt J.J.

4. Cda Carlos Lopes (primeiro ministro da educacao da Republica de Cabo Verde)

5. Jaime Djalo (MINT)

6. Cineasta Flora Gomes

7. Horta Na Fatcha

8. Daniel Ibraima Salla

9. Lidia Cabral

10. Gabril Ca (actualmente medico pediatra especialista)

11. Carlos Caramba Cassama

Sao estes os nomes de que me lembro, e se calhar outros integrantes da delegação poderão acrescentar os nomes que eventualmente tinham tomado parte nessa difícil missão do partido, durante a qual as vidas daqueles que tinham permanecido na cidade da Praia, em dada altura, estavam ameaçadas, porque as tropas da ocupação colonial ainda nao tinham abandonado o Arquipélago, e a elas tinham ido juntar-se, em reforço, alguns militares, em grande parte fuzileiros, que tinham sido corridos da Guiné-Bissau.

Na altura, a cultura da meritocracia imperava no PAIGC, e tudo indicava que esse era o caminho que o governo iria seguir, e foi, na realidade o que aconteceu, apesar de todas as manobras daqueles Guineenses, cu tene ba cabeça sussu.

É com muito orgulho que me recordo dessa data, e de certeza que muitos dos meus camaradas, também se sentem terem cumprido com entrega total e espirito patriótico essa missão do partido PAIGC, que para consolidar as conquistas da heroica luta de libertação, era a força motriz da sociedade.

Este artigo nao tem outro proposito do que informar os mais novos parte da historia do pais e do PAIGC, o PAIGC em que a esmagadra maioria dos Guineenses se revia.

Hoje, uns ainda estao no PAIGC, e outros seguiram outros destinos, mas é isso que faz a grandeza do nosso país, sem ódio, mas no absoluto roespeito da escolha de cada um.

GUINE-BISSAU, FIRST!

Este deve ser o nosso SLOGAN, e exorto aos meus compatriotas para contribuirmos, cada um no que lhe é possível, para democratizar cada dia mais a nossa sociedade, em todos os domínios, sobretudo no domínio politico.

A politica partidocrática está a falhar flagrantemente, porque em vez de contribuir para o desenvolvimento do país, está a engrossar os bolsos de certos actores políticos sem escrúpulo, que encontraram na politica a via mais fácil para se enriquecerem ilícita e impunemente.

Impõe-se a intectualidade Guineense uma reflexão profunda sobre o nosso sistema eleitoral. É urgente alterá-lo para permitir que os Guineenses possam ter uma maior margem de escolha, que nao se limita apenas aos partidos políticos, mas sim extensiva à sociedade civil.

Deixemos o país respirar, cessando as ameaças, o matchundadi, a inveja, o ódio, etc.;

DEUS ABENÇOE A GUINE-BISSAU!

Aires Salla


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