sábado, 6 de novembro de 2021

Figura da semana: MANECAS COSTA NOMEADO PARA PRÉMIO AFRIMA 2021 EM ÁFRICA



[SEMANA 44_2021] O conceituado músico guineense, Manecas Costa, é um dos músicos nomeados para disputar o prémio o África Music Awards (AFRIMA). A grande gala de premiação da música africana está de volta este ano 2021 e o evento vai decorrer em novembro, em Lagos (Nigéria).

A informação foi divulgada pela organização (AFRIMA) no passado dia 23 de outubro. A lista inclui mais de 400 canções de vários artistas, entre os quais Manecas Costa, em 30 categorias continentais e 10 Regionais. Costa que colocou o nome da Guiné-Bissau pela primeira vez entre os nomeados ao prémio “AFRIMA” 2021, conseguiu este feito fruto da sua colaboração com os Calema, Pérola e Soraia Ramos no tema de grande sucesso “Kuá Buaru”.

O músico nacional que se tem destacado no espaço da Comunidade dos países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente em Angola e Portugal, tem sido o músico de eleição de vários outros nomes sonantes da lusofonia como Yuri da Cunha, Djodje, C4Pedro, Nelson Freitas, Dino Santiago, Matias Damásio e a fadista Ana Moura, entre outros, tendo colaborado com os mesmos em inúmeros shows e temas de sucesso.

O evento será transmitido ao vivo em 84 estações de televisão para 109 países, a partir de Lagos, Nigéria. AFRIMA é um evento anual estabelecido em colaboração com a União Africana (UA) para premiar e celebrar as obras musicais, talentos e criatividade em todo o continente africano, enquanto promove a herança cultural Africana.

BIOGRAFIA
Manecas Costa nasceu em 1967, em Cacheu, norte da Guiné-Bissau. Em criança, teve a felicidade de conhecer José Carlos Schwarz, o mais importante músico da Guiné-Bissau. Desse encontro que o inspirou a pegar na guitarra, Manecas começou a tocar aos 9 de idade. Juntamente com o seu irmão mais velho, Nelson, criou o grupo “Africa-Livre”. Aos 10 anos Costa foi convidado para colaborar com a Orquestra ARAGON.

Na adolescência, Costa era já uma figura conhecida pela sua formidável técnica na guitarra acústica e baixo elétrico e também pelas suas composições, cujo conteúdo exalta as tradições e assuntos que preocupam os guineenses e a Guiné-Bissau: a situação das crianças e das mulheres.

Em 1987, foi convidado para participar no festival anual Découverte, organizado pela Radio France Internacional, um importante showcase para os novos talentos de África, das Caraíbas e Pacífico, marcando a sua primeira exposição internacional. Em 1990, decide radicar-se em Lisboa e grava com o apoio da UNICEF o Mundo di Femia, o seu primeiro álbum a solo. Este sucesso lança-o numa nova carreira de produtor, bem como de cantor e compositor, produzindo muitos discos de artistas africanos residentes em Portugal.

Produziu o seu segundo álbum Fundo di Matu nos estúdios da EMI, em Lisboa e dois dos temas foram incluídos na compilação Palop África (Sterns music,2001). Paraiso di Gumbe, que, produzido por Lucy Duran e Jerry Boys, veio à público em Maio de 2003 pela editora BBC Late Junction, tendo sido gravado parcialmente num estúdio móvel na Guiné-Bissau e em Londres, nos estúdios Livingston. É um álbum acústico e eléctrico que explora os sons vibrantes da Guiné-Bissau, conjugados com a sua inimitável voz e forma de tocar, bem como algumas das suas composições originais mais sublimes.

Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb

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