O presidente em exercício do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, afirmou que o seu partido responsabilizará qualquer indivíduo que tentar desestabilizar e mergulhar o país mais uma vez na crise político-social, sobretudo os juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça incluindo o seu próprio Presidente, Paulo Sanhá.
Jorge Malú fez esta afirmação na terça-feira, 21 de janeiro de 2020, na conferência de imprensa realizada na sede do PRS, em Bissau. Sublinhou que o órgão competente para a proclamação dos resultados reconheceu a vitória do candidato de MADEM-G15, Úmaro Sissoco Embaló.
“Alguém ganhou as eleições de 29 de dezembro e essa pessoa é Umaro Sissoco Embaló e o STJ apenas recomendou a CNE que cumpra com algumas formalidades”, lembrou Jorge Malú.
“Vamos responsabilizar os juízes conselheiros e, sobretudo o presidente Paulo Sanhá porque não podemos permitir que criem confusões e instabilidade na Guiné-Bissau”, alertou Jorge Malú.
Neste sentido, o também segundo vice-presidente dos Renovadores apelou o governo de Aristides Gomes, que até então não reconheceu Umaro Sissoco Embaló como presidente eleito nas últimas eleições presidenciais, para publicar os resultados eleitorais no boletim oficial.
Jorge Malú pediu neste sentido à Assembleia Nacional Popular (ANP) a distanciar-se de qualquer tentativa de subordinação a um partido político para bloquear a casa de povo. Jorge Malú recomendou ainda à ANP para marcar a cerimónia de investidura de novo Presidente da República eleito.
De acordo com O Democrata citando Jorge Malú, todo o cenário desenhado para não reconhecer Umaro Sissoco Embaló visa garantir que a comunidade internacional possa intervir com alegação de que existe impasse no país para que os protagonistas desse cenário possam recorrer a acordos.
Jorge Malú pediu à candidatura de Domingos Simões Pereira apoiado pelo Partido Africano da independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) a respeitar a vontade do povo manifestada nas urnas,no passado 29 de Dezembro de 2019.
“Igualmente os observadores internacionais foram unânimes em afirmar que as eleições foram justas, livres e transparentes”, enfatizou.
Notabanca, 22.01.2020
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