A Embaixada da República da Guiné Bissau em Cabo Verde realizou uma conversa aberta e almoço de confraternização com pratos típicos guineenses com os Combatentes da Liberdade da Pátria, amigos da Guiné Bissau e os funcionários desta Missão Diplomática sob o lema “ O papel dos Combatentes da Liberdade da Pátria na transmissão do legado da luta da Libertação à Nova Geração”, ontem, 23 de Janeiro, data dedicada aos Combatentes da Liberdade da Pátria na Guiné Bissau, na Sede da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria- ACOLP, sito no Plateau.
O acto contou com a participação da mais de 30 Combatentes, de entre os quais o Comandante Pedro Pires, Presidente da Fundação Amílcar Cabral, Dr. Carlos Reis, Professor da Escola Piloto e Presidente da ACOLP, Sra Ana Maria Cabral, viúva do saudoso fundador da Independência da Guiné Bissau e Cabo Verde, Sra Ana Maria Cabral, entre outros libertadores.
O objectivo da celebração da referida efeméride promovida por esta Missão Diplomática que vai na sua 2ª edição é reestabelecer as ligações e os laços históricos existentes entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde e reportar as vivências do passado aos mais novos.
A conversa aberta foi presidida pela Sua Excelência Sr. Embaixador Dr. Mbála Fernandes e Dra. Marilene Pereira, autora do Livro “Eu e o Amílcar Cabral.
O Representante da Diplomacia guineense em Cabo Verde exortou "os mais novos a seguirem o exemplo dos Combatentes que sacrificaram as suas vidas para que as gerações vindouras pudessem viver a liberdade da qual beneficia hoje em dia" .
Já a autora do Livro "Eu e o Cabral", Dra Marilene Pereira explicou que o objectivo da obra é mostrar o lado humano do Cabral, a sua infância, os seus sonhos, a sua relação com as pessoas que lhe rodeiam, etc... pois, acredita que uma das formas de chamar a atenção da Nova Geração para o papel do Cabral na luta de Libertação dos dois países é através dos livros infantis", frisou.
Durante quase duas horas de conversas os mais velhos recordaram Cabral com muita emoção" como uma pessoa humilde, disponível a ajudar o próximo e sobretudo corajoso".
Para recordar os tempos vividos na Guiné Bissau, após a conversa os Combatentes degustaram diferentes pratos típicos da Guiné Bissau desde caldo de mancarra, sigá e cafriela, acompanhados da famosa " badjique, conserva" e sumos naturais de bissap, " ondjó" e calabaceira.
Recorde-se que 23 de janeiro de 1963 é a data em que as forças do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) atacaram a tropa portuguesa em Tite, onde ficava um quartel, no sul do país e não muito longe de Bissau. O referido ataque é protagonizado por quinze a vinte elementos do PAIGC que atacam o quartel de madrugada, provocando um morto e dois feridos entre as tropas portuguesas. Os guerrilheiros incendiaram o quartel sob o fogo intenso durante meia hora.
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