sábado, 18 de janeiro de 2020

«PARTIDO LIVRE/CONGRESSO» JOACINE AFASTA RENÚNCIA AO MANDATO DE DEPUTADA

"Fora de questão, completamente fora de questão", disse Joacine Katar Moreira, à chegada ao congresso que tem em cima da mesa retirar-lhe a confiança política.

A deputada única do Livre, Joacine Katar Moreira, afirmou este sábado, 18 de janeiro, que "está completamente fora de questão" renunciar ao mandato.

"Fora de questão, completamente fora de questão", disse Joacine Katar Moreira, à chegada ao congresso que tem em cima da mesa retirar-lhe a confiança política.

A deputada do Livre, eleita nas últimas eleições legislativas de outubro, chegou ao local onde decorre o congresso, em Lisboa, pelas 10:20, cinco minutos depois do seu assessor, Rafael Esteves Martins.

Questionada pelos jornalistas à chegada ao congresso, Joacine Katar Moreira rejeitou ser a responsável pela situação de mal-estar vivida no partido.

Apontando que não irá apresentar "nenhuma moção" ao congresso, a deputada disse igualmente que será necessário "esperar que haja mais desenvolvimentos".

Entretanto, os congressistas aprovaram uma proposta para que passe a constar da ordem de trabalhos um período de cerca de 20 minutos para uma intervenção da deputada.

Já o membro do Conselho de Jurisdição do Livre, Ricardo Sá Fernandes, afirmou que quer evitar o "suicídio" do partido e incentivou o consenso.

Ricardo Sá Fernandes anunciou esta manhã, no IX Congresso do Livre, que irá apoiar uma proposta, a submeter por um membro do partido, que se apresenta como alternativa à resolução apresentada pela 42.ª assembleia, que propõe a retirada de confiança na deputada Joacine Katar Moreira.

"Há um membro do partido que já me disse que vai apresentar uma proposta e eu vou apoiá-la", declarou, à entrada do congresso que decorre em Lisboa.

Na opinião do advogado e membro do Livre, deverá ser constituída uma comissão "interinstitucional" entre órgãos que procure encontrar soluções que pretenda ultrapassar "divergências procedimentais".

Sá Fernandes não considera que existam "divergências de fundo", mas sim divergências relacionadas com o "feitio", a "cultura" e alguma "irritação" das pessoas.

"Espero que o partido tenha um sobressalto de bom senso", acrescentou, mostrando-se disponível para ser uma "ponte" entre a futura direção e a deputada eleita.

O advogado confessou que apenas esteve com Joacine Katar Moreira em dois momentos mas que, enquanto membro do Conselho de Jurisdição, a deputada se mostrou "extremamente colaborante" e que não se pode esperar que Joacine "esteja sempre a prestar esclarecimentos".

Admite que possa ter existido "falta de maturidade política", mas que tal não justifica a situação presente.
Conosaba/Lusa

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