A Secretária-geral da Caritas Guiné-Bissau considerou que em países como Guiné-Bissau, as crianças portadoras de deficiências são encaradas como crianças enfeitiçadas.
Fátima Gomes que falava esta sexta-feira (18 de Maio) durante a inauguração do jardim-escola inclusivo denominado “Bambaran”, disse igualmente que como recurso a este flagelo, estas crianças são levadas aos curandeiros e são fechadas em casa para se manterem longe do olhar de terceiros “ ou são abandonadas nos rios”.
«A criação e a promoção de um jardim-de-infância inclusivo é uma das actividades pioneiras da casa de acolhimento Bambaram e única no contexto guineense que visa promover uma educação inclusiva, inserindo crianças com e sem deficiência na mesma sala e a abertura do espaço às crianças da comunidade envolvente», explica a Secretária-geral da Caritas.
Por sua vez, Ana Pestana em representação da FEC afirmou que a educação de infância é a primeira etapa de um caminho para a inclusão pois “é criadora da expressão múltipla das culturas de pertença de cada um. Assume como espaço privilegiado a educação intercultural e revelações de bases simbólicas de pensamento das crianças”.
Entretanto, a representante da EU no evento Inês Máximo Pestana sublinhou que na Guiné-Bissau existe uma série de situações violadoras de direitos das crianças como por exemplo, crianças mendigando nas ruas, a exploração laboral das crianças e a prática do infanticídio das chamadas crianças irã entre outros.
A escola ora inaugura conta com quatro salas de aulas e três ainda em construção. O projecto é financiado pela União Europeia.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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