O Presidente do PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau, voltou ontem a admitir a dissolução do parlamento como uma saída para a crise política no país.
"É uma prerrogativa constitucional que assiste ao Presidente da República para resolver uma situação que está mais que localizada e reconhecida. Se o Presidente não quiser fazer uso disso, espero que tenha outro dispositivo também constitucional", referiu Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
O dirigente foi o único que prestou declarações aos jornalistas à saída da reunião do Conselho de Estado, no Palácio Presidencial, em Bissau.
Já na segunda-feira, como em ocasiões anteriores, o PAIGC admitiu que se avance para eleições gerais antecipadas para clarificar o panorama político guineense.
Sobre o encontro, Domingos Simões Pereira disse que "para o Presidente, a reunião do Conselho de Estado é uma formalidade".
"Ele disse que tinha que cumprir uma formalidade. Está cumprida. O Presidente pede tempo para se aconselhar com os seus travesseiros e tomar as decisões que entender pertinentes", referiu.
O parlamento da Guiné-Bissau não consegue reunir-se desde o início do ano.
Um grupo de 15 eleitos do PAIGC, partido maioritário no poder, afastou-se da liderança e pretende aliar-se ao PRS, oposição, para formar uma nova maioria e derrubar o Governo.
As divergências refletem os desentendimentos entre o Presidente, José Mário Vaz, e o PAIGC, que em agosto de 2015 levaram o chefe de Estado a demitir o Governo de Simões Pereira.
Lusa/Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário