Conosaba do Porto: HISTORIADOR E INVESTIGADOR GUINEENSE DEFENDEU NA NOVA EDIÇÃO DO LIVRO AMÍLCAR CABRAL (1924 - 1973). 'VIDA E MORTE DE UM REVOLUCIONÁRIO AFRICANO' LANÇADO NO PORTO QUE O SEKOU TOURÉ NÃO MANDOU MATAR AMÍLCAR CABRAL E QUE QUEM MANDOU MATAR AMÍLCAR CABRAL TAMBÉM QUERIA A DESTITUIÇÃO DO REGIME DO SECO TURÉ

domingo, 22 de maio de 2016

HISTORIADOR E INVESTIGADOR GUINEENSE DEFENDEU NA NOVA EDIÇÃO DO LIVRO AMÍLCAR CABRAL (1924 - 1973). 'VIDA E MORTE DE UM REVOLUCIONÁRIO AFRICANO' LANÇADO NO PORTO QUE O SEKOU TOURÉ NÃO MANDOU MATAR AMÍLCAR CABRAL E QUE QUEM MANDOU MATAR AMÍLCAR CABRAL TAMBÉM QUERIA A DESTITUIÇÃO DO REGIME DO SECO TURÉ

Mesa: Aly Presidente da Associação dos Guineenses do Porto, Dr. Manuel Pavão Cônsul Honorário da Guiné-Bissau no Porto, Professor Jorge Ribeiro e Dr. Julião Soares Sousa

Na passada quarta-feira, dia 18 de Maio de 2016, pelas 17 horas, na Fundação Portugal - África, na Rua de Serralves, 191 - Porto, o Professor Jorge Ribeiro do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto apresentou numa sessão o livro Amílcar Cabral (1924 - 1973). Vida e morte de um revolucionário africano. Edição Revista, Corrigida e Aumentada, da autoria de Julião Soares Sousa.

A abertura da sessão da apresentação do livro ficou a cargo do Dr. Manuel Pavão (Cônsul Honorário da Guiné-Bissau no Porto).

Agradeceu a presença de todos e, mencionou o Dr. Julião Soares Sousa, dirigindo-se ao Historiador. “É uma honra poder tê-lo cá e quero agradecer-lhe a sua amabilidade, simpatia, bom trato, finura da escrita”.

Em seguida: foi a intervenção 'brilhante' do atual Presidente de Associação dos Guineenses do Porto, Aly de Gabu em nome de toda comunidade residente no Porto.

Apresentador do Livro:

Jorge Ribeiro nasceu no Porto, 7 de Agosto de 1949

Formação académica: Jornalismo

Principal área de investigação no CEAUP: História do Colonialismo

Jorge Ribeiro foi repórter de guerra no Ultramar Português (1972 – 1974).

Visitou em serviço, até hoje, dezoito países de África. É formador nos PALOP.

Professor convidado, preletor e jurado em universidades da América Latina.

Conferencias e inúmeros artigos sobre Guerra Colonial publicados na imprensa portuguesa e estrangeira, desde 1975.

O apresentador falou muito bem do livro...enalteceu o prémio que o livro obteve em 2011 da Fundação Calouste Gulbenkian. O Jornalista Investigador afirma que o livro Amilcar Cabral (1924 - 1973). Vida e morte de um revolucionário africano. Edição Revista, foi corrigida e aumentada (da autoria de Julião Soares Sousa), em mais de 50 páginas (do anterior), envolvendo assim o nome de um Indiano que teve um papel importantíssimo na formação do Amílcar Cabral, por outro lado, os nomes dos desertores e infiltrados na fileira do PAIGC durante a luta da libertação nacional. "Vale a pena ler tudo de novo", disse o Professor Jorge Ribeiro

Historiador e Investigador Guineense

A morte de Amílcar Cabral continua a despertar interesses e alguma paixão!

"Ontem como hoje, continuam válidas duas das três hipóteses avançadas por José Pedro Castanheira (Jornalista profissional desde 1974. Estudou Economia e Jornalismo. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas), relativamente ao assassinato de Amílcar Cabral. Isto é: o de ter sido um ajuste de contas no interior do PAIGC; o de ter havido participação ativa do regime português de então na conspiração. A terceira hipótese ( a de ter sido uma acção instigada pelo regime de Sekou Touré), quanto a mim fica para já posta de parte", disse o Historiador Guineense

"É que seria demasiado evidente e colocaria o regime de Sekou Turé, já muito isolado pelos países ocidentais (nomeadamente pela França e por Portugal). Nesta altura acredito que Sekou Turé não mandou matar Amílcar Cabral, mediante os novos dados que vão surgindo" afirma o Investigador Guineense

"Quanto a mim a chave para a resolução deste enigma encontra-se na documentação da PIDE/DGS e da Aginter Press (misteriosamente desaparecida), da SDECE e de outros sub-serviços paralelos. Mas acredito também que algum arquivo privado possa vir a resolver o mistério. Pelo menos pouco a pouco, mais dados têm vindo a terreiro, ajudando-me a reconstruir o puzzle tão complexo", disse o Historiador e Investigador Guineense

Outros intervenientes no debate do livro:
Dr. Filomeno Pina
Bú Gomes (Presidente da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau no Porto)
Pate Cabral Djob (Editor do Blogue Conosaba do Porto)