Estados-membros destacam preocupação com tensão politica e institucional após a demissão do governo pelo presidente do país esta quinta-feira.
Os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança disseram que acompanham de perto a situação na Guiné-Bissau, em nota que revela que estes estão prontos para tomar medidas para ultrapassar a nova crise no país. Segundo agência de notícias, o governo foi dissolvido pelo presidente esta quinta-feira.
O embaixador do Egito junto à ONU, Amr Abdellatif Aboulatta, preside o órgão em maio. Ao apresentar a nota, esta sexta-feira, em Nova Iorque, o diplomata destacou a preocupação com a tensão política e institucional no país.
Estabilidade Política
O pedido foi feito aos líderes do país incluindo o chefe de Estado, o presidente do Parlamento e os líderes de partidos políticos é que retomem o diálogo em prol da estabilidade política e do interesse do povo guineense.
Com a queda do governo do primeiro-ministro Carlos Correia após a demissão pelo presidente José Mário Vaz, dissolve-se o segundo governo em menos de um ano.
Correia foi nomeado em outubro depois da queda de Baciro Djá em junho, que ocupou o cargo por menos de 48 horas.
Maioria de Parlamento
Em agosto do ano passado foi exonerado o executivo de Domingos Simões Pereira, que liderou o governo após as últimas eleições legislativas de abril de 2014.
No pleito, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Paigc, conquistou a maioria de Parlamento e o presidente guineense é membro do partido.
O Conselho de Segurança pediu ao novo representante especial do secretário-geral na Guiné-Bissau e ao presidente do Senegal, que lidera a Comunidade Económica do Estados da África Ocidental, que continuem os esforças na busca de uma solução com outros interlocutores que incluem o presidente guineense.
Os países-membros do órgão reafirmam a importância de continuar a não-interferência das forças de defesa e segurança na situação política na Guiné-Bissau e elogiam a contenção e a reação pacífica do povo demonstradas na crise atual.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Jan Eliasson
Vice-chefe da ONU destaca trabalho para resolver crise política em Bissau
Jan Eliasson falou no evento de alto nível sobre o futuro da consolidação de paz em África; vice-secretário-geral explica que ONU está a apoiar União Africana na tentativa de resolver a situação na Guiné-Bissau.
Na abertura da reunião de alto nível sobre o futuro da consolidação de paz em África, o vice-secretário-geral da ONU destacou a situação na Guiné-Bissau.
Em Nova York, Jan Eliasson explicou que as Nações Unidas estão a trabalhar com a União Africana e a Comunidade Económica de África Ocidental, Cedeao, para resolver a atual crise política.
Segundo o vice-chefe da ONU, a força do bloco regional em Bissau, Ecomib, está a ter papel crucial para tentar estabilizar a situação. Eliasson pediu apoio da comunidade internacional, em prol da extensão do mandado do escritório, que expira no próximo mês.
Extremismo
No discurso, o representante também destacou questões como conflitos violentos, crise de refugiados e aumento do extremismo, que pedem uma maior prevenção de confrontos.
Neste sentido, Jan Eliasson ressaltou a importância da União Africana para a ONU, ao frisar que na última década, a "parceria cresceu de forma significativa". O vice-chefe acredita que a reunião de alto nível é uma oportunidade para reforçar ações para evitar conflitos no continente.
Burundi
Consolidar a paz em África é uma das prioridades das Nações Unidas. Além de mencionar a Guiné-Bissau, Eliasson também falou sobre o Burundi, onde a ONU e a União Africana apoiam esforços para conter a violência política e o agravamento da situação dos direitos humanos.
Na Somália, a cooperação Nações Unidas e União Africana tem foco na promoção da democracia e da estabilização do país. Jan Eliasson lembrou que a paz sustentada está no centro da Carta da ONU e de todas as ações da organização.
O vice-secretário-geral garantiu que tornar a paz uma realidade para as nações africanas continua a ser um dos principais objetivos das Nações Unidas.
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