terça-feira, 26 de abril de 2016

PARLAMENTO DA GUINÉ-BISSAU ACUSA OPOSIÇÃO DE QUERER CHEGAR AO PODER SEM TER VOTOS


O Parlamento da Guiné-Bissau acusou hoje o PRS, principal partido da oposição, e outras formações políticas de pretenderem assumir o poder sem ser por via das urnas.

Através de um comunicado, o Parlamento guineense respondeu a uma série de ataques por parte do Partido da Renovação Social (PRS) e de cerca de duas dezenas de partidos sem representação parlamentar.

Estes partidos acusam Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), entre outros, de pretender promover um golpe de Estado, visando assumir-se como chefe de Estado, o que, dizem, poderia passar pelo assassinato do Presidente guineense, José Mário Vaz.

Cipriano Cassamá foi eleito pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que venceu eleições legislativas de 2014 com maioria absoluta.

No comunicado assinado pela assessoria de imprensa o Parlamento guineense, refere-se que aqueles partidos promovem "inverdades" no sentido de "afogar a Guiné-Bissau", com recurso a comunicados.

"Tendo mergulhado o país há mais de oito meses numa profunda crise politica, eis que o Partido da Renovação Social (PRS) e mais alguns partidos sem expressão popular pretendem agora afogar a Guiné-Bissau com recurso a comunicados de imprensa repletos de deturpações e calúnias", lê-se no comunicado.

O Parlamento guineense diz que o seu líder, Cipriano Cassamá, não fez mais do que cumprir com o regimento do órgão antes de convocar uma sessão extraordinária, conforme sugeriu o chefe de Estado, José Mário Vaz - que discursou no hemiciclo há uma semana.

O PRS e os partidos sem representação parlamentar afirmam nos seus comunicados que Cipriano Cassamá está a tentar furtar-se à convocação de uma sessão extraordinária do Parlamento na qual será feita um debate de urgência sobre o estado do país.

No comunicado, a direção do Parlamento salienta ainda que Cipriano Cassamá está a tentar encontrar uma solução de compromisso que possa viabilizar um acordo de incidência parlamentar sobre o qual possa ser formado um novo Governo para funcionar até ao término da atual legislatura, em 2018.

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