Bissau, 22 Abr 16(ANG) - O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), acusou o Presidente da República de demonstrar a postura do líder da oposição na sua mensagem à Nação, na passada terça-feira, no parlamento.
Em conferência de imprensa realizada quinta-feira, em jeito de reacção ao discurso do chefe de Estado, Domingos Simões Pereira, considerou a mensagem de José Mário Vaz de um líder da oposição ao governo.
O Presidente do PAIGC sublinhou que o Presidente da República, há muito identificado e reconhecido como promotor da crise, nem se preocupa em disfarçar porque não dispõe de soluções.
"Limita-se a lançar mais achas à fogueira numa cega determinação em causar o caos e esperar alguma forma de benefício para a sua saga de construção do poder absoluto e tirano", criticou Simões Pereira.
O líder dos libertadores disse que o discurso do José Mário Vaz foi um autêntico martírio, "qual peça dantesca sobre o purgatório eterno" proclamando o sofrimento e convocando a todos para se juntarem na sua celebração.
"Há uma passagem do seu discurso em que ameaça claramente os deputados com as suas únicas opções de render-se a evidência da sua vitória reconhecendo a existência de um novo quadro parlamentar consubstanciado numa nova maioria ou então haverá a desordem e a violência e que igualmente espera que o seja favorável.
Domingos Simões Pereira frisou que o chefe de Estado tinha que saber que o seu papel é de fiel da balança e nessa condição tem mesmo de fazer leituras e análises objectivas, mesmo que não coincidem com os seus interesses pessoais e institucionais.
"O nosso sistema de governo é semi-presidencialismo de pendor parlamentar com absoluta separação de poderes. Não compete ao Presidente da República avaliar a bondade deste dispositivo, ele é a escolha dos guineenses", esclareceu.
Disse que nas últimas eleições legislativas, cinco partidos foram escolhidos para o parlamento: o PAIGC para governar e os restantes para fiscalizar.
"As sucessivas menções às greves e convulsões sociais não são favoráveis ao Presidente da República pois essas estão associadas à crise por ele despoletado e que criou dificuldades de cobertura financeira pelo governo", explicou.
O Presidente do PAIGC sublinhou contudo que o discurso de José Mário Vaz no Parlamento tem algumas partes de se louvar, mas, disse, apresenta elementos que mais se assemelham ao discurso de um líder da oposição.
Afirmou que o chefe de Estado demonstrou de forma clara que se posicionou do lado dos 15 deputados deste partido mas que se encontram em rota de colisão com a direcção do partido.
Domingos Simões Pereira aconselhou José Mário Vaz a deixar funcionar o Parlamento, dentro das normas previstas na Constituição e no regimento, avisando-o de que cometeria um erro político ao pensar que pode substituir a vontade do povo guineense.
Quanto à possibilidade de José Mário Vaz demitir o actual Governo, Domingos Simões Pereira entende que seria outro erro, pelo que aconselha-o a guardar o decreto de exoneração e trabalhe no sentido de promover a paz no país, observou.
Em conferência de imprensa realizada quinta-feira, em jeito de reacção ao discurso do chefe de Estado, Domingos Simões Pereira, considerou a mensagem de José Mário Vaz de um líder da oposição ao governo.
O Presidente do PAIGC sublinhou que o Presidente da República, há muito identificado e reconhecido como promotor da crise, nem se preocupa em disfarçar porque não dispõe de soluções.
"Limita-se a lançar mais achas à fogueira numa cega determinação em causar o caos e esperar alguma forma de benefício para a sua saga de construção do poder absoluto e tirano", criticou Simões Pereira.
O líder dos libertadores disse que o discurso do José Mário Vaz foi um autêntico martírio, "qual peça dantesca sobre o purgatório eterno" proclamando o sofrimento e convocando a todos para se juntarem na sua celebração.
"Há uma passagem do seu discurso em que ameaça claramente os deputados com as suas únicas opções de render-se a evidência da sua vitória reconhecendo a existência de um novo quadro parlamentar consubstanciado numa nova maioria ou então haverá a desordem e a violência e que igualmente espera que o seja favorável.
Domingos Simões Pereira frisou que o chefe de Estado tinha que saber que o seu papel é de fiel da balança e nessa condição tem mesmo de fazer leituras e análises objectivas, mesmo que não coincidem com os seus interesses pessoais e institucionais.
"O nosso sistema de governo é semi-presidencialismo de pendor parlamentar com absoluta separação de poderes. Não compete ao Presidente da República avaliar a bondade deste dispositivo, ele é a escolha dos guineenses", esclareceu.
Disse que nas últimas eleições legislativas, cinco partidos foram escolhidos para o parlamento: o PAIGC para governar e os restantes para fiscalizar.
"As sucessivas menções às greves e convulsões sociais não são favoráveis ao Presidente da República pois essas estão associadas à crise por ele despoletado e que criou dificuldades de cobertura financeira pelo governo", explicou.
O Presidente do PAIGC sublinhou contudo que o discurso de José Mário Vaz no Parlamento tem algumas partes de se louvar, mas, disse, apresenta elementos que mais se assemelham ao discurso de um líder da oposição.
Afirmou que o chefe de Estado demonstrou de forma clara que se posicionou do lado dos 15 deputados deste partido mas que se encontram em rota de colisão com a direcção do partido.
Domingos Simões Pereira aconselhou José Mário Vaz a deixar funcionar o Parlamento, dentro das normas previstas na Constituição e no regimento, avisando-o de que cometeria um erro político ao pensar que pode substituir a vontade do povo guineense.
Quanto à possibilidade de José Mário Vaz demitir o actual Governo, Domingos Simões Pereira entende que seria outro erro, pelo que aconselha-o a guardar o decreto de exoneração e trabalhe no sentido de promover a paz no país, observou.
ANG/ÂC/SG/Conosaba
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