Bissau,11 Fev 16(ANG) - O enviado especial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) para mediação da crise na Guiné-Bissau, o ex. chefe de Estado nigeriano afirmou que a solução para o impasse político vigente no país tem que ser encontrada internamente.
Olesegun Obasanjo, em declarações à imprensa na quarta-feira, à saída de um encontro com o Presidente da República, José Mário Vaz, disse acreditar que se os lideres políticos se juntassem vão encontrar uma saída para a crise.
"Mas será muito difícil encontramos uma solução imediata se os lideres mantiverem suas teimosias e não se unirem para arranjar uma saída", aconselhou.
Obasanjo disse contudo que mantém a convicção de que a saída para a crise deve ser encontrada no seio dos políticos e da população em geral, acrescentando que eles devem mostrar as suas capacidades e disponibilidades de apoiar.
"Portanto, o problema é da Guiné-Bissau. A soluçao tem que ser encontrada na Guiné-Bissau e o resultado final tem que ser da Guiné-Bissau", avisou o ex. Presidente da Nigéria.
Olesegun Obasanjo afirmou que os guineenses devem entender que a própria comunidade internacional pode também atingir um nível de saturação, por isso, exortou aos actores políticos da Guiné-Bissau para que não permitam que a comunidade internacional canse.
O general Obasango deixou Bissau esta madrugada sem poder fazer as partes se aproximarem ao consenso.
Para o secretário executivo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa(CPLP), Murade Murarjy, a saída para a crise deve ser encontrada por via politica.
"A nossa preocupação é da estabilidade do país porque partilhamos a opinião de que o país tem que ser estável para poder desenvolver-se e para tal não pode continuar nessa situação", avisou.
Aquele diplomata sublinhou que a solução para a saída da crise tem que ser encontrada pelos guineenses o que na sua opinião passa pela via politica e não judicial.
O Presidente Mário Vaz leva a cabo reuniões de mediação para a saída da crise fazendo sentar à mesma mesa a representantes da ANP, do PAIGC, PRS e do grupo de 15 deputados que perderam mandatos em consequência de sua expulsão do PAIGC.
Entretanto o PAIGC esta a ser contactado separadamente por não concordar com o formato de reunião conjunta com o grupo dos “15”,promovida pela Presidência da Republica.
ANG/ÂC/SG\\Conosaba
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