terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ANALISTAS CONSIDERAM QUE GOVERNO É UNICO QUE COMPETE DEMITIR PAULO TORRES

JILÓ

Os comentadores do painel desportivo “Radio Futebol” da Rádio Jovem, consideraram na segunda-feira, que formal e administrativamente compete apenas ao governo o direito em demitir o Seleccionador nacional de futebol, o Português Paulo Torres, e não a Federação de Futebol.

No entendimento dos analistas desportivos, se o técnico luso não tinha sido contratado pelo líder da Federação de Futebol, não tem prerrogativas de agora o demitir em nenhuma circunstância sem a intervenção do Governo, entidade responsável pela contratação do selecionador nacional.


JULIO MELO

Para um dos mais ferrenhos comentadores do painel desportivo da Rádio Jovem, Júlio Lusa, a federação antes de contratar um novo técnico deve, em primeiro lugar, informar ao governo que chegou ao entendimento para rescisão do acordo com actual técnico da seleçao nacional, Paulo Torres.

“O novo selecionador anunciado pela federação de futebol não pode, e em nenhum momento assinar contrato com a instituição antes da rescisão do contrato com Paulo Torres”, notou ainda Júlio Lusa.

JÚLIO LUSA

Hermenegildo Baticã Ferreira, entre amigos conhecido por Jiló, argumenta que a decisão da Federação de Futebol de anunciar o novo técnico para selecção dos “Djurtus”, revela uma falta nítida da organização dentro dos órgãos sociais da instituição federativa liderada por “Manelinho”.

“Se a Federação de Futebol já não está interessado na continuidade do técnico Português, deve haver um acordo entre as partes” defende.

Na opinião de Suleimane Dabó, a decisão da Federação de Futebol, deve-se a falta da coerência e da visão das pessoas que dirigem a instituição que rege o futebol nacional.

“Em nenhum momento pode contratar um técnico antes de chegar ao entendimento de rescisão de contrato com o actual selecionador dos “DJURTUS” , assinala.

Suleimane Dabó critica ainda actual liderança da federação, que diz “durante quatro anos a frente do organismo não apresentou resultados palpáveis”, por isso, advoga, não devia reclamar, ou exigir resultados à actual equipa técnica da Federação de Futebol.

Júlio Melo, um dos comentadores mais críticos à Federação de Futebol, aconselha à actual liderança da federação de futebol, na busca de consensos que possam levar as partes a uma solução amigável e consensual com Paulo Torres.

Baciro Candé, actual treinador do Sporting da Guiné-Bissau, foi convidado na semana passada pela Federação de Futebol para liderar a selecção nacional. Caso se concretize a ideia, Baciro Candé passa a substituir oficialmente o técnico português, Paulo Torres.

Dados na posse do “GOLO GB” indicam que a escolha de Baciro Candé não chegou de ser aprovada pelo Governo. Todavia, não há também sinais que indicam que o executivo de Carlos Correia esteja interessado que Paulo Torres continue.

SULEIMANE DABÓ

O “GOLOGB” soube, no entanto, de uma fonte que, entidades governativas do país ligadas ao desporto terão solicitado à Federação de Futebol a resolver primeiro a situação da actual equipa técnica liderada pelo português Paulo Torres, antes de tomar qualquer decisão contra ou a favor.

Paulo Torres, técnico da selecção nacional de futebol da Guiné-Bissau reafirmou, em entrevista à Rádio Jovem, ainda nesta esta segunda-feira, que continua a ser o treinador dos “Djurtos”, apesar de a federação já ter convidado outro técnico.

“Continuo como técnico, porque tenho um contrato que deve terminar só em dezembro. Portanto, até lá, sou e continuo a ser o seleccionador da Guiné-Bissau”, reforça Paulo Torres.

Paulo Torres acrescentou, no entanto, que pretende preparar o próximo jogo oficial que o país irá realizar a 23 de março contra o Quénia, em Bissau.

Por: Alison Cabral

http://ogologb.blogspot.sn/


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