sexta-feira, 14 de agosto de 2015

«OPINIÃO» DR. SELO DJALÓ: "EM QUE ANO VOLTAREMOS A TER ESTABILIDADE?"


O Presidente da República João Mário Vaz (JOMAV) lançou, como era previsto, a temível “bomba”, reduzindo a cinzas o Governo de Domingos Simões Pereira (DSP). Ao preferir o acessório ao essencial, o caos à estabilidade, o Presidente JOMAV mergulha o país numa crise de todo inaceitável (nós que ainda mal saímos da última, resultante do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012). Desrespeitando assim, um dos fundamentos da sua candidatura, a estabilidade governativa (custasse o que custasse). Mentindo assim, aos guineenses que confiaram nele e lhe deram o seu precioso voto. Falo por mim: só votei nele, mesmo no último instante, em desfavor do candidato Paulo Gomes, por temer as consequências de uma eventual vitória de Nuno Gomes Nabiam. Ironia das ironias, não escapei. Afinal de contas, JOMAV andava, como se costuma dizer em sentido figurado, disfarçado de cordeiro. Os factos falam por si. Contudo, “não se pode enganar a toda a gente e a todo o tempo” (Aristóteles). Um homem assim, que não respeita a sua própria palavra sagrada, inflexível , não merece ser Presidente da República. Honestamente falando, não se pode dizer que o Governo era o máximo. Eu próprio insurgi, nos meus escritos, contra a postura do Primeiro Ministro e do PAIGC relativamente aos membros do Executivo a contas com a justiça (agora começo a desconfiar: não haverá aí mão oculta da Presidência nisso tudo?!). Se o Governo não era um exemplo de boa governança, como diz o Presidente (“peculato, nepotismo, Job for the boys…”, tudo palavras suas), o parecido não se poderá dizer do governo da Presidência da República? Por exemplo, não haverá aí “Job for the friends” e outras coisas mais? Onde é que já se viu um conselheiro presidencial a dizer na rádio que o Primeiro Ministro devia apresentar a sua demissão?! “Que boltia, boltia e ka messinho de kamba mar” (andar às voltas não é solução para atravessar o mar)?!... E não ser logo demitido. Os interesses supremos da Guiné voltaram a ser gravemente espezinhados, imagine-se, por quem mais os devia proteger, o Presidente da República. Uma vez que o Presidente JOMAV não consegue coabitar nem com o Primeiro Ministro exonerado nem com o Presidente da Assembléia Nacional Popular (a ANP está de parabéns), nem com a maioria do povo, julgo eu, que dissolva logo a ANP e convoque eleições gerais e escusemos de perder mais tempo com questiúnculas (resta saber onde desencantar o dinheiro). E o povo, tão sábio que é, saberá, como sempre, dizer de sua justiça. Que a Comunidade Internacional continue com a Guiné! E saiba, se é que não sabe, que não merecemos o Presidente que temos.

3 comentários:

  1. Caro intitulado dr, falta-lhe a honestidade minima exigivel nos tempos que ocorrem. Dramatiza tudo como se dramatulogia se tratasse. Que bomba temivel lancou sua excelencia PR? O sr sabe que na democracia e' normalissimo a destituicao de governos? Mesmo quando a situacao pode ser delicada?Prefereraria que o PR fechasse os olhos, ignorando desse modo a corrupacao de que o MP acusa os 14? membres do governo e que "promulgasse"/viabilizasse a proposera da remodelacao governamental? Que absurdo pensamento e' esse? O sr tem nocao de quao a corrupacao e' malefica para uma democracia que de alegadamente o sr defende? No seu entender, foi uma decisao leviana por parte do PR? E' assim tao facil tomar essa decisao? Por amor de DEus, tenha paciencia. Esta' claro que nao tiveste outra alternativa que nao fosse votar no PR, se tivesses, para um bom entendedor, nao votarias nele, visto que o seu voto foi por instantaneidade e circunstancial, se tivesses outra terceira alternativa votarias tribalmente. Para que percebas, de uma vez à outra, se nao de uma vez por todas, na politica, nada e' absoluto, ou seja, O facto de sua excelencia PR da republica DR JOse MArio Vaz, ter dito na camapanha électoral, que nao derrubaria um governo do seu proprio partido, nao significa que a todo custo iria manter um governo que " desesperou" as expectativas em primeiro, do povo e depois do proprio PR. Que fique claro, na democracia na e' absoluto. Tudo depende das curcunstancias e da conjuntura. Da' para perceber que o sr, nunca " gostou do PR. Quem assim procde tem as suas razoes, agora" n'ulidura di lagartu ça tudji barcu passa".Insinuacoes de que na presidencia, se nao haveria em empregados seus familiares? Diiga-me com quem andas para te dizer quem tu es. Diiga-me pour favor! Tu trabalhar aonde? Como la chegastes? A tua un coerencia e' devastadora, como coabitar com um présidente de ANP sem mas sem adjetiva qualificativo? Diiga-me em primeira mao, em que país um présidente de Anp, vai à um outro país sem concertacao com o PR e nem com o governo, pedir desculpas em nome do seu país e governo? O sr tem subtileza? A tua incoererencua vai alem, ate ponto de reconheceres que insurgiste contra a corrupcao no governo, mas o absurdo, e' teu conformismo com a tal corrupcao e so ves a mao oculta do PR nsisso. Quem pensa assim como tu, e' médiocre . Desculpe pela expressao. Voltando ao présidente da ANP, na pessoa do mentiroso sipriano Cassama, talvez teu comparsa, sabes que ele vive de intrigas e assassinatos? Talvez isso nao te intéressa tagarelar, por alguma afinidade pessoal. Tenho dito com convicao pessaol sem intencao ultima de alguma pretencao pessoal, à nao ser para o bem da nossa guine. SO à VERDADE NOS LIBERTARA! Deus abencoe meu povo.

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    1. So mais uma referencia: postei-me em anonimato, nao por medo de ti, mas por querer estar na discricao.

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  2. Gostei. Eu diria mais "na politica como na vida" nada é absoluto e tudo é circunstancial e gerido em função das circunstâncias. Contudo são pontos de vista e que resultam da diversidade de cada um, desde que esses pontos de vista sejam sérios e não de cariz manipulador (como desenvergonhadamente se tem vindo a assistir e por culpa de bons, excelentes, ilustríssimos comentadores, de todos os tipos e proveniências).

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