segunda-feira, 31 de agosto de 2015

«MON NA POT POTI!» PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU VAI SUPORTA FORNECIMENTO DE OXIGÉNIO A HOSPITAL (CENTRAL DE BISSAU) SIMÃO MENDES


O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou hoje que vai suportar o fornecimento de garrafas de oxigénio para o Hospital Simão Mendes, principal unidade pública do país.


"Estamos aqui para resolver o problema do oxigénio", declarou José Mário Vaz, numa visita à unidade, ocasião em que classificou a falta de material como um caso de emergência médica.

Vaz comprometeu-se hoje a entregar sete garrafas de oxigénio e fornecer outras posteriormente.

Apesar da crise política no país - depois de o Presidente ter demitido o Governo a 12 de agosto -, Vaz visitou hoje três hospitais da capital onde disse ter constatado "muitas dificuldades" de funcionamento por falta de condições de trabalho.

"Os hospitais estão numa situação muito difícil", pelo que "é preciso trabalhar para mudar as coisas", referiu.

Sob fortes medidas de segurança, José Mário Vaz percorreu os serviços de urgência, maternidade e pediatria do Hospital Simão Mendes e visitou ainda o Hospital Raul Follerau, que funciona como centro de tratamento de doentes com tuberculose, e a Clínica de Bor, dedicada a especialidades pediátricas.

O chefe do Estado guineense entregou nos três hospitais 136 termómetros, realçando serem "coisas insignificantes", mas que fazem falta.

José Mário Vaz voltou a apelar os guineenses para se dedicarem ao trabalho.

"Só o trabalho nos poderá tirar desta situação difícil em que nos encontramos", sublinhou José Mário Vaz.

A Guiné-Bissau atravessa uma crise política após, contra todas as posições dentro e fora do país, José Mário Vaz ter demitido o Governo a 12 de agosto e ter designado como primeiro-ministro, no dia 20, Baciro Djá, vice-presidente do PAIGC.

O PAIGC, que venceu as eleições e tem maioria no Parlamento, acusa Vaz de cometer "um golpe palaciano" e sustenta não haver razões para demitir o Executivo.

O Supremo Tribunal de Justiça anunciou que vai avaliar a constitucionalidade da designação de Baciro Djá, na sequência de uma ação judicial dos ex-diretores da rádio e televisão públicas, substituídos no início da semana pelo novo primeiro-ministro.

Lusa/Fim

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