Bissau, 20 Ago 15-(ANG) O Porta-voz da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) disse hoje que considera de “sequestro” a situação do ex-Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas , José Zamora Induta, impedido de sair do pais pelas autoridades judiciais militares.
Em Conferência de Imprensa, realizada em Bissau, Alex Bassucu declarou que a Liga Guineense dos Direitos Humanos não congratula com este acto levado a cabo pelas autoridades do País.
Bassucu disse que a liga condena essa acção considerando-a uma violação dos Direitos Humanos.
Zamora Induta, segundo seu advogado, José Paulo Semedo, tem uma obrigação de permanência no país e encontra-se em prisão domiciliária, não declarada.
Numa recente declaração à Lusa, Paulo Semedo, explicou que Zamora Induta queria regressar à Portugal, onde se encontra desde que fugiu do país na sequência do golpe militar de 12 de Abril de 2012, mas quando se preparava para viajar para Lisboa foi chamado a responder na Promotoria da Justiça Militar.
O ex-chefe das Forcas Armadas da Guiné-Bissau foi chamado na qualidade de declarante no processo da alegada tentativa de golpe de Estado de 21 de Outubro de 2012, onde foi apontado como sendo um dos cabecilhas, porém segundo o seu advogado, a justiça militar já o teria constituído suspeito.
Este processo, conhecido como "caso 21 de Outubro de 2012", diz respeito a uma alegada tentativa de golpe de Estado em que Zamora Induta foi apontado por um dos militares capturados, capitão Pansau N'tchama, como cabecilha da acção que se saldou na morte de cinco pessoas.
Falando em conferência de imprensa, José Semedo disse tratar-se de uma violação do direito de liberdade de circulação que assiste ao Zamora Induta.
Semedo explicou que o Ex-Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas Guineense veio ao pais fazer a recolha de informações para a sua tese de doutoramento em Ciências Politicas, na Universidade lusófona de Lisboa.
Sem comentários:
Enviar um comentário