O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) defendeu hoje o respeito pela Constituição e a neutralidade das Forças Armadas da Guiné-Bissau no contexto de tensão crescente entre os principais responsáveis políticos do país.
O primeiro-ministro guineese, Domingos Simões Pereira, foi demitido pelo Presidente José Mário Vaz a 12 de agosto, criando uma grande crise política na Guiné-Bissau.
Em comunicado, "o Conselho sublinhou o imperativo respeito pela Constituição e o estado de direito, assim como a absoluta necessidade das forças armadas e de segurança se posicionarem do lado de fora desta crise atual".
José Mário Vaz nomeou Baciro Djá como o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau a 20 de agosto, mas a tensão política continua no país.
"O Conselho sublinhou mais uma vez que esta situação poderia colocar em causa os avanços registados com a conclusão da transição e a realização das bem-sucedidas eleições legislativas e presidenciais em abril e maio de 2014", referiu a organização em comunicado.
Indicou ainda que esta crise política pode ainda "dificultar a mobilização da assistência internacional que a Guiné-Bissau precisa para a sua recuperação sócio-económica e a implementação das reformas necessárias para a estabilização duradoura do país".
"O Conselho apela à continuidade dos esforços coordenados e engajados para acelerar a resolução da crise atual e pediu, para esse fim, que o presidente da Comissão da UA realize consultas junto da CEDEAO e dos países vizinhos da Guiné-Bissau, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Europeia e das Nações Unidas, e que tome as iniciativas necessárias", lê-se ainda no documento.
CSR // APN
Lusa/fim
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