O Presidente e o chefe do Governo dão sinais de falta de diálogo e têm pontos de vistas diferentes na condução da Guiné-Bissau. Depois das eleições de 2014, têm proferido discursos apelando à concertação institucional.
Tanto o Presidente, José Mário Vaz, como o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, nunca assumiram publicamente que a Presidência e o Governo estão em rota de colisão, em apenas pouco mais de um ano e meio de convívio institucional. No entanto, os discursos mostram que José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira não estão em total sintonia.
Para o Presidente da República, é tempo de o Governo começar a cumprir as promessas eleitorais e deixar de fazer promessas, na medida em que "o período de graça não pode ser alargado indefinidamente".
Segundo José Mário Vaz, "há necessidade de diálogo, de concertação, uma busca permanente de consenso dentro das instituições e entre as instituições a bem da causa comum."
Recursos naturais entre as discórdias
Contrariamente à posição defendida pelo Governo, de autorizar a exploração dos recursos naturais, José Mário Vaz, continua a alegar que o país não está minimamente preparado para tal.
"Enquanto Presidente da República, não sou contra a criação de riqueza, antes pelo contrário. Queremos sim desencorajar a economia da preguiça e oportunismos, evitando que os nossos recursos se transformem numa maldição para o nosso povo". Mas o Executivo não deu ouvidos.
Outro processo que ainda não reúne o consenso dos dois dirigentes é sobre a figura que vai chefiar o Ministério da Administração Interna, depois da demissão de Botche Candé, a 28 de novembro passado.
O próprio chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, admite que o bloqueio deve-se à falta de consenso entre os dois. "Eu e o senhor Presidente da República entendemos que o secretário de Estado da Administração Interna devia ocupar-se dessas funções, por acumulação, até conseguirmos um consenso."
Momento "muito difícil"
Discursando no Palácio da República perante o chefe de Estado, Domingos Simões Pereira reconhece que o momento é "muito difícil", mas acredita que ambos serão capazes de produzir consensos a favor da ação governativa.
"Para a grande maioria dos atores políticos nacionais e os parceiros internacionais estamos num momento muito difícil, muito sensível e crucial para o nosso destino. Mas para isso são feitos os homens de Estado", declarou o primeiro-ministro, que disse ainda acreditar que o Presidente terá capacidade de os conduzir aos "consensos necessários".
Recentemente, sem referir qualquer nome, Domingos Simões Pereira pediu um voto de confiança na ação do seu Governo que, segundo afirmou, será julgado nas urnas dentro de três anos e meio.
Os dois líderes, ambos do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fizeram campanha eleitoral juntos em 2014.
dw.de
Este e uma vergonha pá! Afinales somos enganados, por inganadores! Pergonto eu quem! será para um futuro milhor p Guiné?
ResponderEliminarVergonha total. Onde esta a tal dupla que nos prometeram durante a campanha eleitoral? Ou era so para enganar o coitado povo? Haver vamos em que tudo isso vai dar. POVO GORA KA BURRO DE....!
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