China's Foreign Minister Wang Yi delivers a speech at the ministerial conference of the 2024 Summit of the Forum on China-Africa Cooperation (FOCAC) in Beijing, China September 3, 2024 REUTERS - Tingshu Wang
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China Wang Yi efectua a primeira viagem oficial de 2025 ao continente africano. Até 11 de Janeiro, Wang Yi passará pela Namíbia, pela República Democrática do Congo, pelo Chade e pela Nigéria.
Há mais de três décadas que a diplomacia chinesa perpetua a tradição de inaugurar as viagens oficiais do ministro dos Negócios Estrangeiros ao continente africano.
Ao chegar à Namíbia, primeira etapa do périplo, o chefe da diplomacia chinesa saudou, esta segunda-feira 6 de Janeiro, a "longa amizade" entre África e a China.
Durante uma conferência de imprensa em Windhoek, capital da Namíbia, em presença da recém-eleita presidente Netumbo Nandi-Ndaitwah, Wang Yi afirmou querer mostrar, com esta tradição diplomática, que a China é o "parceiro mais fiável dos países africanos no desenvolvimento do continente".
O diplomata deslocar-se-á de seguida à República Democrática do Congo, antes de visitar o Chade e a Nigéria esta semana.
No início do mês de Dezembro, o presidente norte-americano Joe Biden deslocou-se a Angola para reafirmar as ambições de Washington em África, nomeadamente face à China que investe maciçamente na região.
Pequim é o primeiro parceiro comercial do continente africano, com 151,8 mil milhões de euros em relações bilaterais no primeiro semestre de 2024, de acordo com a imprensa chinesa, citada pela agência France-Presse.
O gigante asiático enviou centenas de milhares de engenheiros e trabalhadores para África e adquiriu um acesso privilegiado a vastos territórios ricos em recursos naturais, como o cobre, o ouro e o lítio.
Os empréstimos dos bancos públicos chineses permitiram a construção de numerosas infraestructuras indispensáveis ao crescimento africano, contribuindo no entanto simultaneamente para o aumento da dívida de vários países.
Por: RFI com AFP
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