Vive-se um nacionalismo a vira lata ou barato se preferem, ainda acreditamos que a Europa é nossa salvação. Parece que distopia está fazendo mais parte das nossas crenças de que utopia, por isso, vivemos num labirinto.
Desde que nasce e comecei a reparar as coisas, percebe que tudo que é bom tem que ser dado ao colonizador, ao europeu. O bom mesmo tem que pertencer ao europeu. Presentemente, temos sido roubados pelos europeus, mas de forma concedida. Porque fomos ensinados a acreditar que não somos capazes de nada e reproduzimos essa crença graças ao PAIGC. A descrença em nos mesmo fez com que a esperança seja mesmo algo breve, e sonhar tem que ser terceirizado aos europeus.
A comemoração dos 46ª aniversários da nossa “independência” me fez pensar e refletir, se durante toda minha vida alguma vez conhece um guineense patriótico, que deixou de terceirizar o seu sonha ao colonizador em prol de uma felicidade que em geral, é temporário, mas quando chega, a Guiné consegue esquecer que só tem, mas só tem mesmo políticos maus, tontos e patéticos, e vive-se uma alegria arrepiante e contagiante. Na verdade conheço alguns.
Com isso, primeiramente quero PARABÉNIZAR a nossa seleção principal de futebol masculino, nossos HERÓIS, por durante esses anos terem conseguido dar luz e felicidade as nossas amadas mães, nossos pais, nossos irmãos e nossas irmãs, e levarem o nome da Guiné ao mundo em forma positivo, que os políticos não sabem fazer, é de um enorme e profundo gratidão a vocêis. Por todos esses tempos breves, mas que conseguiram fazer-nos esquecer que os nossos porcos estavam brigando por comidas dadas, vos agradeço e parabenizo de novo por carregaram essa pátria de todos chamado GUINÉ-BISSAU e as emoções do nosso povo.
Mas minha longa gratidão, vai de uma forma especial e dourado, a um jogador, que quando em idade compreendida no futebol ao que tem Ansu Fati hoje, que já terceirizou o sonho em mãos europeus, disse categoricamente, quero jogar pelo meu país. Ao Zezinho.
Amílcar Lopes Cabral, pai e fundador entre outros da nossa utopia, do nosso sonho, do qual PAIGC, pós-independência esqueceu em Cassacá. Foi aliciado por vários movimentos nacionalistas africano, mas sempre foi fiel ao compromisso com a pátria que viu nascer. Kwame N´krumah, podia ficar nos EUA, Che Guevara abriu mão de boa vida em prol dos oprimidos, Foi o que Zezinho fez (não estou comparando os, mas mostrando que como abriram mão, em nome de uma causa maior), quando ainda em Alcochete, aliciado por uma nacionalidade branca e origem negra, recusou-se. Mesmo ciente das oportunidades e não oportunidades que isso lhe podia acarretar, preferiu dar alegria aos guineenses em vez dos portugueses. Todo universo guineense que acompanha o futebol sabe que o Zezinho era dos melhores na academia Alcochete na altura. Isso, eu chamo de um ato patriótico, de não terceirizar o sonho.
Com isso quero lhe endereçar o meu comprimento em essa data comemorativo, alusivo a nossa (in)dependência, de que foste uma das pessoas patrióticos que abriu mão de outras oportunidades, para buscar dar oportunidade aos guineenses de sonharam como outros povos do mundo. És meu HERÓI ZEZINHO nessa data.
Alguns depois de terceirizaram os sonhos e não deram certos, lembraram que têm pátria, isso eu chamo de só mais um sem alongar.
A pergunto que deixo, mas como podemos ter bom seleção, se todos querem ser europeus? Boa reflexão nessa data.
OBRIGADO ZEZINHO por seu exemplo.
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