O Presidente da República Cessante, José Mário Vaz, afirmou esta quinta-feira, 19 de setembro de 2019, que a verdadeira democracia sente-se quando existem as liberdades de expressão, de manifestação e de imprensa, razão pela qual apresentou a sua candidatura para dar continuidade aos ganhos conseguidos durante cinco anos do seu mandato como Presidente da República.
Em declarações aos jornalistas, depois da formalização da sua candidatura às eleições presidências de 24 de novembropróximo, José Mário Vaz disse que a moldura que o acompanhou ao STJ revela que aquilo que fez ao longo dos cinco anos do mandato está a ser reconhecido pelo povo. Por isso, não vai mudar de direção e que trabalhará, se lhe for confiado um segundo mandato, para garantir a tranquilidade interna e a paz civil para todos cidadãos.
“Se merecermos a confiança do nosso povo para continuarmos a trabalhar juntamente com todos, garantindo a paz interna, a tranquilidade e a liberdade, cabe-nos agora trabalhar com o governo de mãos dadas para o crescimento e o desenvolvimento económico. É preciso resolver os problemas da educação e saúde, embora essa matéria não seja da competência do Presidente da República, mas durante os cinco anos no palácio pude sentir algo e sei qual é o verdadeiro papel do Chefe de Estado e quando deve fazer uso da sua magistratura de influência para o bem do povo”, garantiu.
O candidato a sua própria sucessão indicou que é preciso apostar sériamente nos próximos tempos, porque o futuro de qualquer país reside na educação. Questionado sobre a viabilidade da data de 24 de novembropara o próximo pleito eleitoral, José Mário Vaz esclareceu que a matéria não é da competência do Presidente da República, mas, sim, do governo e da Comissão Nacional das Eleições (CNE).
E admite que é candidato como qualquer outro com a mesma ambição, mas sublinha que, unilateralmente, não lhe compete tomar qualquer decisão se a data de 24 de novembroé exequível ou não para a ida às urnas na Guiné-Bissau. Neste sentido, espera que haja um fórum, onde todos os candidatos concorrentes devem concertar e deliberar sobre vários assuntos ligados ao processo de realização das eleições.
Se for admitido pelo Supremo Tribunal de Justiça, José Mário Vaz poderá concorrer às eleições de 24 de novembrosem os apoios do Partido da Renovação Social (PRS) e do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), duas formações políticas incialmente apontadas como possíveis máquinas de apoio à sua candidatura.
Sobre esse assunto, JOMAV disse que não está preocupado, porque quem dá o poder é o povo.
“Acredito no povo e quero desejar boa sorte e que ganhe o melhor”, disse.
“Sabem que eu sou homem de mãos limpas, portanto vou continuar a defender a não entrada da droga no país. É vergonhoso aquilo que estamos a assistir hoje na Guiné-Bissau porque os olhos da comunidade internacional voltaram-se novamente para esta situação que é uma vergonha e estou triste, mas alguém tem que fazer o seu trabalho porque não compete ao Chefe Estado dar instruções, mas sim cabe às instâncias judiciais pegarem neste assunto para responsabilizar as pessoa envolvidase serem traduzidas à justiça”, assinalou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
Conosaba/odemocratagb
Sem comentários:
Enviar um comentário