terça-feira, 24 de setembro de 2019

PRESIDENTE GUINEENSE QUESTIONA PARADEIRO DE DINHEIRO PÚBLICO E DISSE TAMBÉM QUE, NÃO PODE HAVER LUGAR PARA NARCOTRAFICANTES E SEUS CÚMPLICES INTERNOS NA GUINÉ-BISSAU

Lusa24 Set, 2019, 13:37 

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, questionou hoje o paradeiro do dinheiro que entra diariamente nos cofres públicos e criticou os que sequestraram o país em "seu proveito pessoal" por inverterem os valores morais guineenses.


"Hoje, os nossos irmãos que sequestraram o nosso país em seu proveito pessoal, inverteram todos aqueles valores que para nós são sagrados e no seu lugar hastearam as bandeiras do ódio, do rancor, da vingança, da maldade, do egoísmo da intriga, das inverdades e cujo objetivo foi sempre lutar e a qualquer preço para chegar ao poder, mantendo o nepotismo e os luxos a que se habituaram", afirmou José Mário Vaz.

O chefe de Estado guineense discursava no Palácio da Presidência por ocasião do 46.º aniversário da proclamação da independência da Guiné-Bissau.

"Estes são os males de que padece hoje a nossa sociedade. Estes são também os fenómenos nocivos contra os quais eu tenho lutado ao longo do meu mandato como Presidente da República. Por isso colhi tantos e tão ferozes inimigos, tanto internos, como externos", salientou José Mário Vaz.

No discurso, o chefe de Estado disse que sempre defenderá os mais fracos que "reivindicam os seus direitos de melhores condições de trabalho e o direito a um salário que deveriam receber todos os meses".

"Para onde foram os nossos recursos internos ou seja as receitas diárias da nossa Direção-Geral das Alfândegas, sobretudo a receita da campanha da castanha de caju, as receitas diárias da Direção-Geral de Contribuições e Impostos, os fundos autónomos e os apoios orçamentais?", questionou o Presidente guineense.

Lembrando que aquele dinheiro faz falta nas escolas, hospitais e infraestruturas, o chefe de Estado pediu à Inspeção-Geral das Finanças, ao Tribunal de Contas, à comissão para os assuntos económicos do parlamento e à justiça para "assumirem as suas responsabilidades".

"Porque o dinheiro é nosso", disse.

No discurso, o chefe de Estado guineense prestou também homenagem aos que deram a independência à Guiné-Bissau e pediu aos guineenses para restaurarem a dignidade do povo.

José Mário Vaz anunciou, no final de agosto, que é candidato às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.


Conosaba/Lusa

Na Guiné-Bissau não pode haver lugar para narcotraficantes e seus cúmplices internos – PR


O Presidente guineense, José Mário Vaz, disse hoje que na Guiné-Bissau não pode haver espaço para os narcotraficantes e os seus cúmplices internos, salientando que a droga regressou depois de ter desaparecido nos últimos cinco anos.

"O fenómeno do tráfico de droga, que havia desaparecido nos últimos cinco anos, volta de novo em força para massacrar e fustigar o nosso povo", afirmou José Mário Vaz, num discurso proferido no Palácio da Presidência por ocasião do 46.º aniversário da proclamação da independência da Guiné-Bissau.

Para o chefe de Estado guineense, os estrangeiros que trazem a droga regressaram porque "voltaram a sentir que agora têm de novo a cobertura e proteção de gente poderosa".

"Na Guiné-Bissau que estamos a ajudar a mudar para um novo rumo não pode haver lugar para narcotraficantes e nem para os seus cúmplices internos. A todos eles, nós advertimos: Nunca Mais! Esta terra é nossa e nós queremo-la limpa", afirmou o Presidente.

José Mário Vaz recordou que a droga corrói e destrói os "alicerces de uma Nação, mina as instituições do Estado e lança o povo na insegurança, violência e miséria".

"Onde está a nossa justiça? Onde estão hoje os suspeitos destas operações que a todo o custo querem rotular o nosso país de narcoestado?", questionou o Presidente.

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu em março cerca de 800 quilogramas de cocaína e no início de setembro voltou a fazer uma apreensão de quase duas toneladas.

"Nós não podemos ficar todos prisioneiros de uma pseudo elite aliada a narcotraficantes estrangeiros", avisou o Presidente guineense, sublinhando que o futuro do país está em risco.

Conosaba/Lusa

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