terça-feira, 2 de julho de 2019

LÍDER DO PAIGC DIZ QUE VISITA ÀS NAÇÕES UNIDAS VISA EVITAR RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS POR VIA DE VIOLÊNCIA


O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, diz que a sua visita às Nações Unidas surgiu como um mecanismo de evitar que as diferenças de opinião sejam resolvidas por via da força e da violência na Guiné-Bissau

Simões Pereira esteve, quatro dias, em Nova Iorque, onde também abordou temas que incluem a crise institucional no país com departamentos das Nações Unidas e outros representantes internacionais.

Numa entrevista, ontem (02), à Rádio das Nações Unidas, Domingos Simões Pereira, diz que vê para as Nações Unidas como uma instância de recurso.

“Vim renovar o nosso convencimento de que as Nações Unidas são a fonte de toda a política internacional. Portanto, o concerto das Nações surgiu como um mecanismo de prevenção para o diálogo entre as Nações e evitar que as diferenças de opinião ou de interpretação sejam resolvidas por via da força, pela via da violência”, sustenta.

Pereira diz olhar para as Nações Unidas como uma instância de recurso, sempre que a nível nacional haja violações que não seriam ultrapassáveis de outra forma que não fosse através do concerto das Nações.

Na mesma entrevista, o antigo primeiro-ministro felicita o esforço que a CEDEAO tem feito no sentido de ajudar a Guiné-Bissau e que a decisão que foi tomada em Abuja não pretende premiar uns e castigar outros.

O antigo primeiro-ministro e que também foi secretário executivo da CPLP, a decisão que foi tomada, em Abuja – Nigéria, não pretende premiar uns e castigar outros e “pretendeu, sobretudo, encontrar uma solução para um bloqueio que foi criado”.

“Primeiro, é preciso saudar e felicitar todo o esforço que a CEDEAO tem feito no sentido de ajudar a Guiné-Bissau ou assistir a Guiné-Bissau. Desde logo, é preciso reconhecer que se foi possível realizar eleições contou muito com o concurso e apoio e apoio da CEDEAO”, enfatiza.

Presidente dos libertadores promete transmitir ao país a certeza de que os direitos adquiridos devem confortar a liberdade e os princípios democráticos e estarão sempre salvaguardados.

Para ele, as Nações Unidas são um pilar internacional para renovar o sentimento de que “não há ninguém que possa abusar dos nossos direitos, abusar da nossa liberdade e comprometer o direito que todos os povos têm de gozar ao desenvolvimento”.

Entretanto, na sequência da não tomada de posse do novo governo, Simões Pereira disse que o Parlamento tentou resolver a situação nomeando o presidente da Assembleia Nacional Popular como presidente da República.

“A CEDEAO entendeu isso como sinais que podem perturbar a ordem interna, a ordem nacional, mesmo estando alinhado com os desígnios constitucionais do nosso país e ofereceu uma oportunidade de saída para a situação de bloqueio que se criou. O presidente deve manter-se em funções, mas com poderes reduzidos até a realização das próximas eleições presidenciais (…) e, finalmente, aceitar a condição de todo o processo até à realização das próximas eleições”, explica.

Na última cimeira, os chefes de Estado da CEDEAO determinaram que o novo Governo tem de tomar posse até amanhã (quarta-feira) e também até amanhã o Presidente tem de nomear um novo Procurador-Geral da República.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

Fonte: ONU News

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