Como jogou a seleção da Guiné-Bissau, análise é feita de jogo a jogo; os três jogou que a Guiné jogou foi sempre: 4-2-3-1, aceitou estrategicamente que as outras seleções mandassem no jogo o que é mau porque, nunca conseguiu desenvolver uma verdadeira matriz do jogo, não tinha profundidade, o ataque sofria muito, tinha um ponta-de-lança no meio de tantas defesas. Esta forma de jogar acaba-se por bloquear os mais talentosos, uma vez que o sistema tático faz-lhes preocuparem mais em ajudar os defesas do que expressar e espalhar as suas magias e criatividades.
Jogar assim quando defende e na posse da bola devia optar para um 4-3-3 ou 4-2-4, fundamental que o meio-campo apoie o taque na fase de construção, com aparecimento em zonas de finalização, descobrindo linhas de rutura entre as trincheiras defensivas do adversário para fazer o golo.
Ficou a nu, no Egito, que a solidez da seleção é um mito, fruto, sobretudo de um trabalho coletivo deficiente e desatualizado. Era pequena nas ideias, mas tinha muito talento. O talento tem de ser trabalhado, orientado, de outro modo não serve de nada. A função do treinador é saber escolher bem os jogadores. Sejam os melhores ou os mais acertados para funções específicas, dentro da equipa ou do plantel. O apuramento da seleção para o CAN dois anos consecutivos, tem a ver com a qualidade dos jogadores, mas especialmente com o seu crescimento em ambiente diferentes dos que eram e são praticados na Guiné. Os jogadores saíram do seu país mudou o seu grau de profissionalismo e o seu nível do jogo. O ciclo vicioso do subdesenvolvimento desportivo Guineense tem a ver com a falta de organismos federados devidamente habilitados para responder aos novos desafios. Os antigos jogadores têm firme intenção de participar na luta por uma Guiné renovada desportivamente.
Na Guiné devia existir um gabinete de estudos e programação técnico-pedagógica que permitirá um trabalho permanente e entusiástico na equação de soluções para que se resolvam alguns aspetos básicos da presente conjuntura do desporto nacional, isto é, levar a todos recantos os meios de uma prática desportiva nacional.
Koi Queta
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