A diretora Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), Helena Nosolini Embaló, revelou esta sexta-feira, 19 de julho de 2019, que o BCEAO já elaborou um plano de ação para apoiar às Pequenas e Médias Empresas (PME) elegíveis no quadro do dispositivo adotado na Conferencia dos Chefes de Estado e do Governo do UEMOA em junho de 2012.
"Nós já elaboramos um plano de ação e esse plano de ação vai nos permitir chegar a bom porto, ou seja, muito rapidamente conseguir ter empresas elegíveis a estes dispositivos", explicou Nosolini Embaló.
Nosolini Embaló falava em conferência de imprensa, nas instalações da agencia principal do BCEAO, em Bissau, no final da reunião entre a instituição e os diretores dos bancos comerciais, na qual afirma que o processo está num ritmo bastante aceitável, devido ao quadro de concertação implementado entre o BCEAO, Bancos Comerciais e o Governo guineense.
Segundo Embaló, haverá quatro atores fundamentais para implementação deste dispositivo, nomeadamente os Bancos Comerciais, que vão assegurar o financiamento, o Executivo, que vai criar as condições do ambiente do negócio e as estruturas do acompanhamento até ao desembolso do credito.
A diretora Nacional do BCEAO diz que não se trata apenas só de por recursos as empresas elegíveis, mas também criar estruturas e formas que permitam acompanhar as empresas beneficiárias credito no desenvolvimento da sua atividade.
Por sua vez, o Ministro da Economia e das Finanças, Geral Martins, revela que este dispositivo consubstancia-se no programa do governo liderado por Aristides Gomes que está a ser preparado e que é fundamental trabalhar logo para sua implementação na pratica.
"Há um paradoxo nesta situação do desembolso do credito, porque uma grande parte das empresas são Pequenas e Médias Empresas (PME) não tem acesso ao credito bancário. São grandes empresas que têm acesso ao credito. Por isso, o nosso papel é analisar a situação e ver como mudar esta situação", argumentou Martins.
O dispositivo, lançado em 2018 pelo BCEAO, contempla um eixo estratégico e visa a melhoria da oferta de serviços financeiros a economia para criar um ambiente favorável ao financiamento das PME e ao mesmo tempo proporcionar a criação de uma massa crítica competitiva, suscitáveis de alavancar a contribuição dessas categorias de empresas, criação da riqueza e na luta contra o desemprego.
Todavia, os estudos realizados indicam que essas empresas deparam-se com imensas dificuldades para aceder aos meios de financiamento, nomeadamente os créditos de médio e de longo prazo, facto que limita fortemente a contribuição das mesmas na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e na criação do emprego.
Por: AC
Conosaba/Rádio Jovem Bissau
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