Bissau, 10 mai. 16 (ANG) – Os partidos políticos com assento parlamentar exortaram hoje ao Presidente da República no sentido convocar eleições legislativas com vista a resolução da crise política vigente no país.
A intenção dos partidos políticos com assento parlamentar foi manifestada durante a sessão de auscultação promovida pelo Presidente da República com vista a encontrar uma saída para a crise política que se vive na Guiné-Bissau.
A saída da audiência com o chefe de Estado, o Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira disse que exortou ao José Mário Vaz para a dissolução da Assembleia Nacional Popular(ANP) e a transformação do actual executivo em governo de gestão e a convocação da eleição legislativa por forma a desbloquear a situação da crise na (ANP).
Segundo Domingos Simões Pereira, o PAIGC nunca teve dúvidas de que a única razão da crise era e é porque o Presidente da República quer governar e concentrar todo o poder e competências das outras instituições da República nas suas mãos.
Por sua vez, o porta-voz do Partido da Renovação Social(PRS), Victor Pereira disse que a sua formação política apoiaria todas as decisões que forem tomadas em função do interesse do país e do povo guineense.
Segundo o líder do Partido da Convergência Democrática(PCD), Vicente Fernandes, face a esta situação de ausência de compreensão na ANP, as soluções passam pela demissão do governo, dissolução do parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas.
“No nosso ponto de vista, a melhor solução é dissolver a ANP e devolver ao povo o poder de escolher os seus dignos representantes, porque a demissão do governo não resolverá o problema, porque manter-se-á na ANP a desordem que tem persistido”, referiu.
Para o Presidente do Partido da Nova Democracia(PND) Iaia Djaló o Presidente da República deve usar das suas prerrogativas e fazer respeitar a Constituição e as leis e desbloquear o país o mais rapidamente possível.
Iaia Djaló referiu que o actual governo não tem um Orçamento Geral de Estado, não tem um Programa de governação e a sua legitimidade ainda não é plena.
“Tem que haver respeito pelas leis, pois as leis da República são claras quanto a isso. É por isso que na democracia temos as instituições e os poderes do Estado bem definidos”, defendeu.
No entanto, disse que não é oportuno dissolver a Assembleia Nacional Popular. Defendeu a destituição dos deputados, “porque eles é que estão a bloquear a ANP”.
Por sua vez, o líder da União para Mudança, Agnelo Regal, referiu que a solução da crise seria a convocação das eleições legislativas antecipadas devolvendo o mandato ao povo para que decida quem deve ter a maioria para dirigir o país.
ANG/FGS/ÂC/SG/conosaba
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