O Governo da Guiné-Bissau concedeu a nacionalidade a 15 cidadãos de Casamansa, sul do Senegal, que se encontravam refugiados no país desde 1992, indicou hoje à Lusa, Sambé Na Wana, secretário executivo da comissão dos refugiados.
A decisão de conceder a nacionalidade foi tomada pelo Conselho de Ministros, na quinta-feira.
Segundo Sambé Na Wana, os 15 viram os seus pedidos admitidos numa lista de 79 pessoas, todas originárias da região de Casamansa e que solicitaram a nacionalidade guineense "há muito tempo", indicou.
O secretário executivo da comissão guineense para os refugiados precisou que os indivíduos oriundos daquela região constituem a maioria de requerentes à nacionalidade guineense.
Um total de 481 refugiados têm processos em andamento, disse Sambé Na Wana.
A Guiné-Bissau acolhe atualmente mais de oito mil refugiados, dos quais 98 por cento são indivíduos originários de Casamansa, acrescentou.
A região sul do Senegal, situada entre a Gâmbia e a Guiné-Bissau, luta há mais de 30 anos contra o Governo do Senegal pela sua independência.
Fez parte do império português até ao início do século XX, sendo depois cedido a França.
MB // PJA
Lusa/Conosaba
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