quinta-feira, 13 de agosto de 2015

INSTABILIDADE POLÍTICA NOVAMENTE NA GUINÉ-BISSAU - Sumbunhe N'fanda



Quando se usa sapatos que não correspondem ao tamanho dos pés, dói muito e, se fizer calos é impossível andar com eles. Isso quer dizer, é preciso conhecer o número certo para o tamanho dos pés.

O dito regime “DEMOCRÁTICO SEMI-PRESIDENCIALISTA” em Guiné, não faz os governantes serem excelentes gestores ou servidores públicos. Aliás, nenhum regime no mundo por si só é razão do progresso de uma nação, se os dirigentes não forem pessoas sabias, conscientes das funções que exercem, patriotas, formadas para tal, honestas e de caráter. 
Independente do regime ser MONARQUIA, COMUNISTA, ARISTOCRATA, SOCIALISTA, MONARQUIA PARLAMENTAR OU DEMOCRATA. 
Guiné-Bissau imitou um regime que não teve uma base sócio-política da sua própria realidade. Conseqüência : mais de 20 anos da dita democracia, nem consegue dar conta deste lindo regime implantado. Foram ignoradas as formas originais do poder tradicional local dos “REGULOS” aderindo ao regime colonial português, sem fundamento teórico nenhum que correlacione à realidade guineense ao seu povo. Simplesmente aconteceu um CLT-C e CLT-V. 
Hoje se vive conseqüências inesperadas desse regime e, se continuar, daqui a 20 anos ainda permanecerá o mesmo episódio.

Enquanto outras nações estão procurando adequar as suas realidades políticas perante a crise do REGIME DEMOCRÁTICO que se constata, implementando regimes que dão conta dos conflitos ou problemas sócio-politicos das suas sociedades, em Guiné, continuam, há vários anos, ainda no sistema político que foi motivo de vários problemas e obstáculo de uma convivência social e política pacifica. Até quando ?

O Presidente da Guiné-Bissau e o Primeiro Ministro, simplesmente herdaram a realidade política caótica, implementada há vários anos.. Ninguém tem culpa de nada ! Isso vai acontecer, independente do partido A ou B no poder. E bem possível ainda, que a expectativa da desordem será crescente a cada ano que passa ou cada século ou milênio, enquanto perpetuar esse sistema político. Portanto, diante dessa circunstância de conflitos infinitos entre os poderes, o país permanece estagnado, comunidades preocupadas mais em intermediar conflito durante 4 anos, do que cumprir os objetivos e as metas do governo.

O problema, muitas das vezes, são as pessoas, não o sistema ou Regime político. Vivemos numa época onde o alto índice de corrupção, lavagem de dinheiro, vandalismo, libertinagem, criminalidade crescente, tráficos e consumo de droga são verificados em nível crescente nos países ditos Democratas. Isso quer dizer que a beleza não está na teoria do regime, mas nos que conseguem cumpri-las e adequá-las à sua própria realidade. 
A GUINÉ-BISSAU SE ENCONTRA NUMA SITUAÇÃO DE “BECO SEM SAÍDA”. QUEM A SALVARÁ ?

Sumbunhe N'fanda



4 comentários:

  1. Ó sr presidente não está altura de presidir o país e povo precisa de muita experiência política administração para exercer as suas funções. Não pode ser um presidente mentiroso a tentar enganar o mundo 🌍 inteiro até o seu povo que votou em si. Foi longe de mais ➕ vale mas ir embora. Perdeu respeito em toda sociedade da Guiné Bissau e estrangeiros. Vai embora por favor senão va pagar por essa mentira.

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  2. Olhe que não Sr, Mendonça, olhe que não! Não aponte o dedo a menos que o tenha encravado num funil! Ambas as partes e já agora todas não geriram bem a situação ou a geriram de uma forma imatura e vulnerável. Parabéns aos militares que de facto estão a posicionar-se da forma mais correcta e adequada e assim se deverão manter - longe das quezílias politicas!

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  3. Estou totalmente de acordo com o editor
    O PR fez o tem que fazer nada mais.
    O paísnão é do DSP, nem do PR. A diferença entre eles é que o PR é o primeiro magistrado da nação, o último a tomar decisões.

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  4. O problema da Guiné-Bissau é uma questão de patriotismo. Os dirigentes polítcos têm que por os interesses particulares submetidos aos interesses nacionais. Isso exige muita humildade e algum sacrifício. Que os interesses particulares estão a prejudicar a Guiné-Bissau está bem patente nas declarações dos intervenientes. Tenho lido com atenção os seus discursos e ainda não encontrei nenhuma atitude do governo lesiva do bem público e essas atitudes lesivas no caso de existirem justificariam a demissão do governo. O regresso de Zamora Induta é apontado como um problema. O senhor Presidente da República diz que não foi informado. Tinha que ser? Porquê? O senhor Zamora Induta não é um cidadão vulgar mas nestes quinze anos que levo da Guiné-Bissau nunca ouvi nem li que esse cidadão guineense tenha tomado algma atitude contra a Guiné-Bissau. Senhor Presidente e agora? Não teria sido melhor procurar todas as vias do diálogo antes de tomar tal decisão? O senhor desconhece o ordenamento jurídico estabelecido na Constituição da Guiné-Bissau? Não sabe que se a outra parte não quiser dialogar e encontrar uma saída consensual não ´´e possível formar outro governo sem eleições. A Guiné-Bissau merece melhor sorte. Por favor reconheça que errou. O senhor como presidente vai ter que ter um primeiro ministro que não vai adivinhar os seus pensamentos e que fará coisas com as quais o senhor não estará de acordo é inevitável. Pense no bem da Guiné-Bissau.

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