Homens armados e encapuzados não contavam com agente da polícia de plantão. Episódio ocorreu dias antes de atentado contra mãe da coordenadora da PJ que investigou caso Lancha Voadora.
O ex-Procurador-geral da República de Cabo Verde escapou de uma cilada montada por dois homens armados e encapuzados à porta de sua casa, na Cidade da Praia.
A cilada ocorreu três dias antes do atentado que vitimou a mãe da inspetora da Policia Judiciária, há duas semanas, também na Cidadeda Praia. De acordo com o jornal A Semana, os dois homens armados e encapuçados estiveram mais de quatro horas escondidos perto da casa do ex-PGR Júlio Martins, no bairro da Prainha, na madrugada de sábado para domingo, dia 14 de Setembro. Quando a mulher do ex-procurador-geral chegava a casa, de carro, por volta da meia-noite, viu dois encapuzados armados correrem na sua direcção, mas teve a frieza e a agilidade de entrar em casa antes de serem ouvidos dois tiros. Mais tarde veio a saber-se terem sido disparados pela agente da polícia que fazia segurança à residência de Júlio Martins.
De acordo com uma fonte judicial ouvida pelo jornal A Semana, os indivíduos terão desistido de disparar quando perceberam tratar-se da mulher e não do próprio ex-PGR, que se encontrava no estrangeiro. Tudo indica que o episódio está ligado ao caso Lancha Voadora, dado o envolvimento do ex-Procurador-geral naquele processo que, de resto, ainda hoje é elogiado por altas patentes da segurança internacional. Três dias depois, ao fim da tarde, num bairro dos arredores da Praia, a mãe da inspectora da Policia Judiciária que coordena a Secção Central de Investigação e Combate ao Tráfico de Estupefacientes foi assassinada, com vários tiros disparados por dois ou três homens encapuzados.
RDP
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