Malabo - O presidente equato-guineense, Teodoro Obiang Nguema, concedeu uma "amnistia geral" aos opositores no exílio na prespectiva dum diálogo nacional em Novembro, segundo um decreto presidencial lido hoje (quarta-feira) pela televisão nacional, noticiou a AFP.
"A amnistia geral visa favorecer a participação dos opositores no exílio ou na diáspora ao diálogo político nacional que terá lugar na primeira quinzena de Novembro", explicou Obiang, após a assinatura do decreto.
Essa amnistia, a primeira do género, "significa um perdão geral, virar à página e esquecer o passado", precisou o presidente Obiang.
No poder desde 1979, o presidente apelou no início de Agosto, todos os opositores políticos do país, incluindo a oposição no exílio, a participar a um "diálogo nacional".
Várias figuras da oposição haviam condicionado a sua participação à uma amnistia geral para garantir o regresso em segurança de dezenas de opositores exilados, nomeadamente em Espanha, a antiga potência colonial.
O governo concedeu essa amnistia "para demonstrar à todos que a sua vontade política é firme" e permite "a todos os actores do processo político nacional de meter em execução os seus programas", declarou o chefe de Estado.
A medida será aplicada aos "opositores políticos no exílio condenados por delitos políticos e as pessoas cujo procedimento judicial esteja em curso", afirmou.
O número e a identidade das pessoas que deverão ser amnistiadas não foi revelado.
"Fala-se de manobras, o diálogo é manobras, mas manobras positivas, nós vamos negociar e discutir", acrescentou o presidente Obiang. "Não gostaríamos que os nossos compatriotas passam toda a sua vida fora do país".
Segundo à televisão nacional, o governo compromete-se a custear os bilhetes de avião dos opositores para os voos Madrid-Malabo, assegurados pela companhia nacional Ceiba intercontinental.
portalangop
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