Patrice Trovoada lembra mandato “claro” recebido dos eleitores e pede a PM demissionário que se limite a atos de gestão corrente.
O presidente da Acção Democrática Independente garante que não vai fazer coligação para formar Governo em São Tomé e Príncipe.
"As eleições tiveram lugar, os resultados são claros, o mandato do ADI é claro, e para que isso fique também bastante claro, o ADI irá governar sozinho, sem coligações", explicou Patrice Trovoada, em declarações aos jornalistas no final do dia de quinta-feira, após o reconhecimento dos resultados eleitorais pelo Tribunal Constitucional.
O líder da ADI assumiu também que será ele "o candidato único" para chefiar o próximo executivo, uma vez que é o "candidato que toda a gente conhece e que foi a figura apresentada durante a campanha".
Patrice Trovoada lembrou que dentro de 30 dias a nova assembleia deve ser empossada e anunciou um encontro entre uma delegação do seu partido, chefiada pelo secretário-geral - Levy Nazaré, com o ainda presidente do parlamento - Alcino Pinto, destinada a preparar a formação do novo hemiciclo. "Nós consideramos que o país está numa situação difícil, enfrenta problemas económicos e financeiros sérios e que convém que o mais rapidamente possível, sobretudo na ausência do orçamento para 2015 se possa ter o Governo legítimo a assumir plenamente as suas responsabilidades", explicou o futuro primeiro-ministro são-tomense.
O líder da ADI considerou que tendo havido já um resultado das eleições de 12 de Outubro, o Governo do primeiro-ministro Gabriel Costa deve "cessar todos os atos que não são urgentes, indispensáveis" porque "podem constituir constrangimentos ou dificuldades acrescidas para a próxima governação". Patrice Trovoada reafirmou o desejo do seu partido em manter um clima de diálogo com todos os atores políticos, "no respeito pela oposição, na busca de consensos quando for necessário, sempre para o bem do povo são-tomense, mas que todos entendam que o povo deu um sinal claro de mudança do poder, mudança de hábitos".
dn
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