sábado, 18 de outubro de 2014

AUTORIDADES PORTUGUESAS ESTÃO A ARTICULAR UMA FRENTE DE COMBATE AO ÉBOLA COM O GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU E A ONU, DISSE HOJE À LUSA O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE EMERGÊNCIA MÉDICA (INEM), PAULO CAMPOS

Major Paulo Campos


"O que está em causa é uma eventual participação de Portugal num triângulo" que inclui "uma resposta a um pedido da Guiné-Bissau" e enquadramento "numa missão das Nações Unidas", referiu hoje aquele responsável, em Bissau.

Paulo Campos e Francisco George, Diretor-Geral de Saúde de Portugal, chegaram quinta-feira à capital guineense e vão ficar até sábado para estabelecer contactos com as autoridades.

"Tanto eu como o diretor-geral estamos aqui em Bissau a tentar fazer essa ponte: somos claramente um escalão técnico", referiu o presidente do INEM.

Paulo Campos acredita que no sábado estará definida com o governo guineense "uma plataforma da possível participação" portuguesa.

"Já estamos a dar passos a esse nível em Portugal, porque temos que identificar potenciais elementos nesta parceria e não estaríamos aqui sem essa noção", acrescentou.

Seja como for, Paulo Campos considera "precoce" poder "libertar" informação sobre os preparativos, pelo menos enquanto não ficar assente "quais as linhas mestras da participação de Portugal".

Falta ter uma "noção real das necessidades" e "daquilo que o governo da Guiné-Bissau poderá ter como ansiedade nesta participação".

Uma coisa parece certa: "o que conseguirmos potenciar aqui será melhor para o povo da Guiné-Bissau, melhor para Portugal e será nesse contexto que tudo será planeado", concluiu Paulo Campos.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ébola causou 4.493 mortos em 8.997 casos registados em sete países (Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os mais afetados, mas também Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).

O Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, sendo o atual surto o mais grave desde então.


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