O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, acaba de ser destituído pelo Parlamento. Dos 300 deputados do parlamento coreano, 192 votaram a favor da destituição. O Ministro das Finanças, Choi Sang-mok, vai agora assumir a chefia do executivo.
É a primeira vez na história da democracia sul-coreana que um presidente interino é destituído do cargo. Han Duck-soo, o Presidente provisório, declarou, após a votação da moção de censura, que respeitava “a decisão do Parlamento para evitar mais caos e incerteza” e que “suspenderia as suas funções em conformidade com a legislação em vigor”.
O ministro das Finanças, Choi Sang-mok, é agora o chefe interino do executivo. Antes da votação, Choi Sang-mok, de 61 anos, pediu ao Parlamento que rejeitasse a moção de censura. Após o resultado, afirmou que ele e a sua equipa “vão dedicar todos os esforços para manter uma segurança nacional forte, uma economia estável e a segurança pública, para o bem-estar da nação”.
Os 108 deputados do Partido do Poder Popular que se opuseram à destituição anunciaram que iriam apresentar um pedido de arbitragem junto do Tribunal Constitucional, numa tentativa de anular a decisão da Assembleia Nacional.
Recorde-se que a oposição ao governo criticou o Presidente interino por não querer nomear três juízes para o Tribunal Constitucional, medida considerada essencial para validação da destituição do Presidente eleito, Yoon Suk-yeol.
Este último tinha tentado impor a lei marcial a 3 de Dezembro, antes de a retirar. O Tribunal declarou hoje, 27 de Dezembro, que iria atuar rapidamente, enquanto os advogados do antigo chefe de Estado solicitaram um adiamento do processo, que foi imediatamente rejeitado.
Por: Rodolphe de Oliveira/rfi.fr/pt
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