sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Moçambique: Corrida às bombas de combustível e supermercados na região de Maputo


Corrida às bombas de combustível e supermercados na região de Maputo. © © Orféu Lisboa

A região de Maputo está a enfrentar uma crise de combustíveis devido à tensão social após o anúncio dos resultados das eleições gerais. Com medo dos próximos dias, a população também está a afluir aos supermercados para garantir víveres nos próximos tempos.

Grande parte dos postos de abastecimento estão encerrados e os que funcionam enfrentam filas de centenas de metros. Os automobilistas não têm outra escolha que esperar, por longas horas, para abastecer os veículos.

À reportagem da RFI, automobilistas deram conta das dificuldades enfrentadas e das voltas que já deram para encontrar bombas de gasolina abertas. Sem combustível ficam paralisados, lembram.

O mesmo se passa com os supermercados, a forte afluência de clientes à procura de comida nos poucos estabelecimentos ainda a funcionar está a provocar longas filas e a escassez de alimentos. A população, com receio da incerteza dos próximos dias, procura comprar o mínimo indispensável para garantir a sua alimentação.

Desde segunda-feira, dia em que o Conselho Constitucional de Moçambique proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo, como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, que os protestos se intensificaram no país.

Pelo menos 56 pessoas morreram em Moçambique desde segunda-feira e 152 foram baleadas, segundo balanço feito hoje pela plataforma eleitoral Decide.

Num novo balanço feito nesta quinta-feira, 26 de Dezembro, a plataforma eleitoral Decide, anunciou que pelo menos 252 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de Outubro.

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