quinta-feira, 4 de agosto de 2022

TÉCNICOS DE SAÚDE LIGADA A COVID-19 EXIGE DO GOVERNO PAGAMENTO DE 7 MESES DE SUBSÍDIO EM ATRASO



O Colectivo de técnicos de saúde ligada a Covid-19 do Hospital Nacional Simão Mendes ameaça paralisar o serviço a partir da próxima terça-feira (9), caso o governo não liquide os 7 meses de subsídio em atraso.

“ Temos agendado para o dia 9 de Agosto, a paralisação de todos os serviços ligado a Covid-19 e infelizmente não é só serviço de Covid que vai sofrer mas, também outros serviços porque com a paralisação da triagem, não se sabe como é que os pacientes vão ser geridos para depois encaminhá-los para os serviços concernentes, mas que fique claro, a partir de do dia 9, não vamos prestar nenhum tipo de serviço” anunciou, o porta-voz do colectivo Admilson Mendes durante conferência de imprensa realizada esta manhã na Casa dos Direitos, em Bissau.

O porta-voz assegurou que “ temos consciência clara das consequências que advêm porque agora estamos numa situação de retaliação mesmo estando nós a exigir o nosso direito”.

Perante a extinção do Alto Comissariado, enquanto entidade responsável pela gerência da pandemia de Covid-19 na Guiné-Bissau, Edmilson Mendes diz que não é esta entidade que paga os subsídios.

“ Embora o Alto Comissariado para a Covid-19 é que tutelava toda a estrutura de Covid-19, movimentava apenas papeladas e quem paga, é o Ministério das Finanças e o actual ministro das Finanças tem o conhecimento da nossa situação, nem é necessário ir ao arquivo”, afirmou.

O colectivo defendeu a necessidade de continuar a dar atenção à questão da infecção ligada a Covid-19 uma vez que neste momento há 8 registos assintomáticos no país.

“No momento da extinção havia apenas um caso e depois da extinção, há acréscimo de 7 casos assintomáticos, por isso, é importante continuar a dar atenção a questão de Covid para controlar a situação ou seja, cortar a cadeia de transmissão”, concluiu.

De recordar que o presidente da República anunciou no passado dia 13 de Julho através do decreto presidencial, a extinção do alto comissariado para luta contra a pandemia da covid-19 na Guiné-Bissau, justificando a decisão com o facto de situação estar controlada e acarretava elevado custo financeiro para manter em funcionamento o Alto-Comissariado para a Covid-19.

Na altura da extinção, o país tinha contabilizado 8.400 casos de covid-19 e 72 vítimas mortais, desde o anúncio dos primeiros casos em Março de 2020.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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