Uma equipa de 11 médicos e dois enfermeiros portugueses inicia hoje consultas gratuitas à população da região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, disse à Lusa Fortunato Barros, da organização não-governamental "Saúde Sabe Tene"
À chegada ao aeroporto internacional de Bissau para aquela que é a 16ª missão da ONG portuguesa ao país e a primeira fora da capital guineense, o médico indicou que os 13 profissionais partem ainda hoje para Gabú onde iniciam, “imediatamente, as consultas à população”.
Nos últimos quatro anos, a organização, criada em Portugal por médicos de diversas nacionalidades para prestar assistência à população “mais carenciada”, nomeadamente as da Guiné-Bissau, tem feito consultas no hospital Simão Mendes de Bissau.
Desde vez a missão da “Saúde Sabe Tene” trouxe 28 profissionais, entre médicos e enfermeiros, sendo que um grupo ficará no Simão Mendes e outro irá dar consultas no hospital regional de Gabu, a 200 quilómetros de Bissau.
Fortunato Barros, médico urologista, nascido na cidade de Gabú, explicou que o conceito da missão se mantém na mesma e que a organização decidiu levar a assistência para aquela localidade, em parte em cumprimento do plano para atender doentes no interior da Guiné-Bissau, mas também por ser “das zonas mais necessitadas”.
A equipa que se deslocou para Gabú vai dar consultas em urologia, ginecologia, pediatria, medicina geral e cirurgia geral, enquanto em Bissau os médicos vão atender doentes de senologia (doenças da mama), cirurgia geral, medicina dentária, cirurgia maxilofacial, pneumologia, infetologia e medicina geral.
A greve no aeroporto de Lisboa motivou que a missão, que deveria ser de uma semana, fosse encurtada para quatro dias, assinalou Fortunato Barros.
O médico observou que “em condições normais” a missão acaba por realizar “cerca de 700 consultas e cirurgias”, mas que, desta vez, as cirurgias poderão ser “à volta de 50 e 60”, nas duas cidades.
Fortunato Barros indicou ainda que a “Saúde Sabe Tene” trouxe nesta missão, além de médicos espanhóis, seis profissionais nacionais da Guiné-Bissau, mas frisou que o “núcleo duro” da ONG é composto por médicos portugueses.
O responsável sublinhou também que as consultas e os medicamentos aos doentes assistidos “são totalmente gratuitos”, tanto em Bissau, como em Gabú.
Conosaba/Lusa
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