O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola, João Lourenço, minimizou hoje a contestação da oposição aos resultados que lhe deram a vitória e recusou qualquer "geringonça" ou acordo com partidos derrotados nas eleições de 24 de agosto.
"Eu posso e devo governar com toda a legitimidade que os eleitores conferiram ao MPLA e o seu candidato. A oposição contesta, mas há instituições adequadas para se fazer esta contestação. Eles que façam", disse João Lourenço, o Presidente reeleito com maioria absoluta, segundo os resultados anunciados hoje pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
"A lei prevê essas situações, tem prazos e vamos aguardar o que é que, neste caso, o Tribunal Constitucional, nas suas vestes de tribunal eleitoral, dirá sobre a contestação da oposição", afirmou o líder do MPLA, num discurso na sede do partido que teve direito a perguntas dos jornalistas.
Questionado pela agência Lusa com a descida dos votos do MPLA e a contestação do principal partido da oposição, João Lourenço minimizou: "Nós temos legitimidade para governar sozinhos, não temos necessidade de fazer nenhuma `geringonça`", numa alusão ao acordo do PS com o PCP e Bloco de Esquerda no passado recente em Portugal.
"As `geringonças` são feitas quando o partido vencedor não tem votos suficientes para governar sozinho. Se me está a falar de uma `geringonça`, é melhor esquecer porque não haverá `geringonça`", respondeu João Lourenço.
Conosaba/Lusa
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