quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Escolha de novo representante: COMUNIDADE DA GUINÉ-CONACRI NO PAÍS ACUSA EMBAIXADA DE FALTA DE TRANSPARÊNCIA

A Comunidade da Guiné-Conacri residente no nosso país insurgiu-se ontem, 16 de agosto de 2022, contra a sua representação diplomática e acusa-a de falta de transparência na escolha do novo representante da comunidade.

Em conferência de imprensa, Hade Djaló, presidente da juventude e dos filhos de imigrantes da Guiné-Conacri residentes na Guiné-Bissau, disse que a embaixada não tem a competência de interferir, de forma direta, no processo.

“A representação deveria ter assumido uma postura de mediação, árbitro e de facilitador para que o processo possa ser efetivo e bem-organizado”, afirmou e exige que a embaixada reconsidere a sua posição de revogar todas as nomeações feitas sem consentimento da associação e remeter o processo à comunidade.

Hade Djaló denunciou que a direção cessante de Talabiu Djaló da associação foi instruída pelo Ministério dos negócios Estrangeiros em Conacri a realizar uma nova assembleia-geral, mas a embaixada ignorou as orientações e decidiu, à revelia da carta enviada de Conacri, nomear membros da sua conveniência para dirigirem a organização.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros recomendou à embaixada que organizasse primeiro a Assembleia-geral para depois avançar para a escolha de novos representantes da associação, o que não aconteceu por má-fé”, frisou.

Hade Djaló acusou ainda a embaixada de estar a trabalhar em conluio com a delegação do atual regime que visitou recentemente Bissau para penalizar, legitimar a corrupção e o terror na Guiné-Conacri.

“Nós estamos desiludidos com comportamento do nosso embaixador e do cônsul por terem decidido, de forma unilateral, sem ouvir a comunidade que representam”, criticou, apelando aos representantes da comunidade a zelarem pelo interesse coletivo, não individual.

O presidente da juventude e dos filhos dos imigrantes da Guiné-Conacri alerta que vão continuar a lutar pelos seus direitos, caso as autoridades persistam com a ideia da não realização da assembleia geral para escolha livre e transparente de novos dirigentes da associação.

Por: Francisco Gomes
Foto: F.G
Conosaba/odemocratagb

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