O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nomeou hoje o brigadeiro-general Celso Simão Rosa de Carvalho para diretor-geral do Serviço de Informações e Segurança, segundo um decreto presidencial.
“É o senhor brigadeiro-general Celso Simão Rosa de Carvalho, nomeador diretor-geral do Serviço de Informações de Segurança com direitos e regalias inerentes ao cargo de secretário de Estado”, pode ler-se no decreto.
Celso de Carvalho ocupava até agora as funções de diretor-geral do Serviço de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau e foi durante vários anos comissário nacional da Polícia de Ordem Pública do país.
O major-general José António Marques, que ocupava o cargo de diretor-geral do SIS desde maio de 2021, foi nomeado conselheiro do Presidente da República para a Área da Segurança Nacional.
A mudança na direção do Serviço de Informações do Estado acontece depois do ataque ocorrido a 01 de fevereiro, quando um grupo de homens armados atacou o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos.
O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a “gente relacionada com o tráfico de droga”.
As autoridades detiveram cerca de 60 pessoas, segundo dados da Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Na sequência dos acontecimentos, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou o envio de uma força de apoio à estabilização do país.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.
Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.
Conosaba/Lusa
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