Governo moçambicano e o líder da Renamo, Ossufo Momade, vão juntar-se para "ir buscar aqueles que dispararem ou continuarem com armas" a tentarem prejudicar o acordo de paz recentemente assinado.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o governo e a Renamo, principal partido da oposição, vão unir-se para debelar qualquer tentativa de prejudicar o acordo de cessação definitiva de hostilidades militares assinado na quinta-feira.
Desconhecidos atacaram na tarde de quarta-feira um autocarro de passageiros e um camião no troço entre Nhamapadza-Gorongosa, centro de Moçambique, algumas horas antes da assinatura do acordo de cessação definitiva de hostilidades militares entre Filipe Nyusi e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, na serra da Gorongosa.
A ação, que aconteceu a 200 quilómetros do local da assinatura do acordo, provocou ferimentos ao motorista e ajudante do camião, enquanto o autocarro ficou com furos de balas, mas sem que se tenham registado vítimas.
No comício que orientou na cidade da Beira, após a assinatura do entendimento com Ossufo Momade, o chefe de Estado moçambicano assegurou que o governo e a Renamo vão atuar conjuntamente contra qualquer tipo de ameaça à paz.
“O Governo e a Renamo vão se juntar para ir buscar aqueles que vão disparar ou continuar com armas”, declarou Filipe Nyusi.
Nyusi considerou os autores do ataque de quarta-feira “inimigos da paz” e que não devem ser associados à Renamo.
Nas últimas semanas, um grupo de guerrilheiros do braço armado do principal partido da oposição alertou o Governo para a continuação da instabilidade militar no país, caso assinasse o acordo de cessação das hostilidades militares com Ossufo Momade, exigindo a renúncia deste do cargo de presidente da Renamo.
O grupo avisou que não vai aceitar o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração que se iniciou na segunda-feira, enquanto Momade continuar presidente da Renamo.
Conosaba/Lusa
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