A Guiné-Bissau tem eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro deste ano. As
eleições são cíclicas, legislativas e presidenciais, numa democracia. São formas de legitimação do poder político.
Os candidatos já se perfilam. São muitos e não são estranhos para os guineenses. Todos eles passaram pela
esfera do poder político. Cada um escolhe o seu
candidato.
Mas, a grande preocupação é o recenseamento, alguns
dizem, selectivo, que se fez para as legislativas e que serão transpostas para as presidenciais. Dizem que carrega atrás de si a «futrica»
Daí a inquitação do Madem e do PRS, que se compreende, em discordar com a
correcção dos cadernos eleitorais, porque a «futrica»
ainda subsiste.
Basta recordar que, antes das eleições legislativas deste ano, o PAIGC dizia, de boca cheia, que tinha a maioria absoluta. É a famosa expressão: «ganhar o jogo antes de jogar». E viu-se nos resultados proclamados. Quase chegaram lá, com ajuda da « mão invisível ».
Basta recordar que, antes das eleições legislativas deste ano, o PAIGC dizia, de boca cheia, que tinha a maioria absoluta. É a famosa expressão: «ganhar o jogo antes de jogar». E viu-se nos resultados proclamados. Quase chegaram lá, com ajuda da « mão invisível ».
Que se repetiu, há pouco tempo, com o candidato do mesmo Partido, proclamando
que será o próximo Presidente da República.
Ora, para o Madem e o PRS, o importante é atacar agora e não contestar depois, porque
nada vai adiantar. Todo o cuidade é pouco.
Essa preocupação é legítima e fundada.
Pois, depois das eleições, aparece, como é habitual, a Comunidade
Internacional a dizer a tripla fórmula: «as eleições foram livres, justas e transparentes».
Reparem, é o mesmo disco a tocar.
É
este o momento
de meditar e tomar posição.
O futuro da GB depende do nosso comportamento,
diariamente, assim como face a estas eleições.
Tivemos a sorte e a oportunidade de ter um Presidente
da República como José Mário Vaz; que tem uma visão diferente de fazer política (virada para os camponeses, agricultores e não para a pequena
burguesia citadina, concretada nos Partidos); lembrem que veio do sector
privado; que cumpriu, pela primeira vez, o mandato presidencial; que não nomeou ninguém para lhe dar dinheiro, como
tem sido habitual, e que, sobretudo, não tem as mãos manchadas de sangue e nem mandou prender aqueles que ofenderam a sua honra e dignidade.
Tudo isso é um ganho, sobretudo num País em que a vingança e a violência falam mais alto.
Muitos não compreenderam a postura do
PR, face a Constituição da República (cada um tem a sua própria interpretação da CRGB) durante os cinco anos do seu mandato, o PAIGC sobretudo,
por ter perdido o privilégio da Governação, uma vez que não é fácil lutar contra os
interesses instalados, mas os jovens, os camponeses, os agricultores compreenderam
a atitude do PR, que era e ainda é de garantir o futuro deles e
de todos os guineenses.
Para não cair em mais uma crise pós eleitoral, recorrente em África, cidadãos guineenses, abram os olhos (expressão emprestada ao Zé Cafanta, Paris).
Cada um de nós deve saber o que se
pretende com as próximas eleições presidenciais. Cada um deve saber o que é que o País espera dele.
Não se ganha com fraude,
«futrica». Quem respeita o seu País não ganha eleições com « futrica ».
28 de Agosto de 2019
Atakimboum
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